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ÁREA DE DESMATAMENTO
DA FLORESTA FOI REDUZIDA EM 39% NO AMAZONAS,
DIZ GOVERNADOR DO ESTADO
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Junho de 2005
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Dramaturgia
à parte, o drama existe. E já é
uma tragédia, pronta e acabada. Até
onde a Amazônia resistirá à
destruição - feroz e veloz - da sua
floresta?
01/06/2005 – Enquanto
a área desmatada da Amazônia cresceu
em 6% no biênio 2003/2004, segundo dados do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
no estado do Amazonas ela foi reduzida em 39%. O
dado foi lembrado pelo secretário estadual
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,
Vírgilio Viana, na abertura do "Primeiro
Simpósio de Meio Ambiente e Qualidade de
Vida", em Manaus, realizado pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O evento
integra as comemorações da Semana
do Meio Ambiente.
"Esse resultado é uma vitória
do Programa Zona Franca Verde. Instrumentos de comando
e controle, como fiscalizar e punir, não
são suficientes para impedir a destruição
do meio ambiente. É preciso fomentar uma
nova racionalidade de desenvolvimento: a floresta
não pode ser vista como um obstáculo
para se criar lavouras e pastagens, mas sim como
um meio de melhorar de vida", argumentou Virgílio.
O Programa Zona Franca Verde é o conjunto
de políticas públicas implementadas
pelo governo de Eduardo Braga no interior do estado,
voltadas para o incentivo a atividades agro-extrativistas.
Entre elas está a criação da
própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e da
Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis
– o objetivo é o de apoiar e desburocratizar
projetos de uso econômico regulado dos recursos
florestais. "Hoje, no nosso estado, é
mais fácil conseguir licença para
manejar a floresta em pé do que para derrubar
árvores", garantiu ele.
A tentativa de criação da nova lógica
de desenvolvimento, entretanto, envolve a união
do conhecimento científico e do saber tradicional.
Quem afirma isso é o gerente-executivo do
Ibama no Amazonas, Henrique Pereira dos Santos.
"Desenvolver e preservar é a grande
questão posta para nós hoje. O Inpa
contribui muito para buscar alternativas de uso
sustentável da floresta, ao entender que
a ciência não é um fim em si
mesma, que ela precisa ter aplicabilidade",
defendeu Lúcio Rabelo, presidente do Instituto
de Proteção Ambiental do Amazonas
(Ipaam).
Fonte: Agência Brasil – Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Thais Brianezi