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EMBRAPA PARTICIPA DE PROJETO PARA RECUPERAR MATA DE GALERIA NO DF

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005

05/06/2005 Projeto, liderado por organização não governamental, tem como objetivo preservar a microbacia hidrográfica do Riacho Fundo e promover a capacitação técnica de pequenos agricultores da região.
No dia 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília – DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, investe no desenvolvimento de pesquisas voltadas para a preservação da biodiversidade e promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura, como a conservação de espécies vegetais e animais; controle biológico de pragas; resgate de espécies em áreas ameaçadas (hidrelétricas), dentre muitas outras.
Um dos projetos que merece destaque nessa área é o desenvolvido pela Unidade da Embrapa em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento Ambiental (IDA), uma organização não governamental, para recuperação de trecho da mata de galeria do córrego Riacho Fundo - DF e inovação da capacidade técnica agrícola de pequenos produtores da região. Participam também do projeto a Administração Regional do Riacho Fundo, Emater - DF e a Associação dos Pequenos Produtores da Colônia Agrícola do Riacho Fundo - Kanegae.
O córrego Riacho Fundo faz parte da bacia hidrográfica do Lago Paranoá, que é a única da região que se encontra totalmente dentro do território do Distrito Federal. A área de suas nascentes foi originalmente destinada à implantação de colônias agrícolas, com o objetivo de garantir a produção alimentar para a população urbana de Brasília.
Durante os 30 primeiros anos de existência do Distrito Federal, as unidades agrícolas instaladas naquela região alcançaram uma diversificação razoável de suas culturas, produzindo hortaliças, frutas, leite e ovos, mas a tecnificação cada vez maior da agricultura, especialmente para produção de hortaliças, aliada ao uso indiscriminado de insumos e defensivos químicos, levou a uma perda progressiva da sua sustentabilidade e à derrubada das matas de galeria que protegiam o córrego Riacho Fundo.
Hoje, após 45 anos de vida do DF, o resultado não poderia ser outro que não um forte impacto sobre os recursos ambientais da região, especialmente na água utilizada para irrigação e, é claro, sobre a saúde da população local. Diante disso, o IDA e a Universidade de Brasília (UnB) se uniram há cerca de sete anos para desenvolver projetos conjuntos voltados para a questão ambiental da região.
Atualmente desenvolvem um projeto de recuperação da microbacia do Riacho Fundo, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com recursos do Global Environment Fund (GEF). O projeto tem como objetivo capacitar os pequenos agricultores para o desenvolvimento de formas de aproveitamento sustentável da agricultura familiar, como cultivo orgânico, por exemplo.
Há aproximadamente dois anos, como explica o presidente do IDA, Luiz Mourão, o projeto vem contando com o apoio da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Administração Regional do Riacho Fundo, Associação dos Pequenos Produtores da Colônia Agrícola do Riacho Fundo - Kanegae e da Emater - DF buscando a introdução de um sistema agroflorestal que visa à utilização sustentável da mata ciliar da região, além da capacitação técnica na agricultura, fortalecimento do capital social das populações urbana e rural e sensibilização do poder público para a implementação de políticas de conservação ambiental.
O mais importante, segundo Mourão, é conscientizar a população local acerca da importância do aproveitamento econômico sustentável da mata ciliar do Riacho Fundo e, para isso, uma das ações que está sendo conduzida é a produção de mudas, preferencialmente nativas, junto com os pequenos produtores. “Foram selecionadas cerca de 50 espécies, incluindo frutíferas, medicinais e nativas, específicas de mata de galeria”, completa Mourão.

Embrapa: mais variedade de plantas à disposição dos produtores locais

A participação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia nesse projeto tem sido fundamental, como afirma o presidente da ONG, já que tem possibilitado aumentar a quantidade e diversidade de sementes e mudas doadas para as comunidades vizinhas de pequenos produtores, além de outras atividades extremamente relevantes para a conservação, como levantamento e identificação de espécies vegetais.
As ações estão sendo desenvolvidas no Campo Experimental Sucupira, da Embrapa, que ocupa uma das margens do córrego do Riacho Fundo, e representa ainda uma área de refúgio para a fauna nativa já que abriga a mata do córrego Açudinho, afluente do Riacho Fundo, uma das mais ricas em espécies arbóreas de todo o centro-oeste.
A biodiversidade encontrada nessa região inclui espécies alimentares, medicinais e ornamentais, o que tem permitido aumentar a variedade de espécies cultivadas pelos pequenos agricultores da região. Além disso, como lembra Mourão, a parceria com a Embrapa tem levado também ao melhoramento de plantas de interesse econômico.

Evento em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

O desenvolvimento do projeto junto à comunidade do Riacho Fundo levou à realização do evento “Meio Ambiente e Qualidade de Vida: temos o Riacho Fundo que queremos?”, promovido pelo IDA, no período de 1 a 4 de junho. O evento é dedicado a escolas, agricultores e carroceiros da região e tem como objetivo principal desenvolver atividades de sensibilização quanto à importância da educação ambiental. Segundo o presidente do Instituto, as atividades estão sendo organizadas e desenvolvidas pela própria comunidade, contando apenas com a supervisão dos técnicos da ONG.

Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Fernanda Diniz)

 
 
 
 

 

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