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DENÚNCIA DE IRREGULARIDADES
EM EXPLORAÇÃO DE MADEIRA NÃO
CITA PETISTAS, DIZ DEPUTADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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14/06/2005 – O deputado
estadual Aírton Faleiro (PT-PA), acusado
de intermediar um esquema de corrupção
de compra de autorização para a derrubada
de madeira ilegal no Pará, afirmou hoje (14)
que nunca fez parte dos esquemas da "máfia
verde", responsáveis por desmatamentos
na Amazônia. De acordo com Faleiro, o Sindicato
dos Reflorestadores do Pará (Sindflorestas),
a Associação das Madeireiras dos Municípios
de Anapú e Pacajá e a empresa HB Lima
negam que denunciaram os deputados e os três
prefeitos.
As entidades foram citadas como fonte em reportagem
da revista Veja desta semana. A reportagem acusa
os prefeitos Paulo Medeiros, de Uruará, Chiquinho
do PT, de Anapu, e Lenir Trevisan, de Medicilância,
que teriam recebido propina de madeireiros, às
vésperas das eleições, em troca
de autorização do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente (Ibama) para derrubar madeira ilegal
e facilitar o transporte. Segundo o texto, o deputado
estadual Aírton Faleiro e o deputado federal
Zé Geraldo (PT/PA) também estavam
envolvidos no esquema.
Hoje, o presidente do Sindiflorestas, Mário
Rubens, reuniu-se com Faleiro. O deputado contou
que Rubens deixou por escrito em seu gabinete um
documento afirmando que denunciou outras irregularidades,
mas não mencionou o nome dos deputados ou
esquemas de propina envolvendo o PT. "Ou o
Sindfloresta está blefando para mim ou está
blefando para lá (Veja), o que cada vez mais
descredencia as fontes fornecedoras", disse
Faleiro.
"Quem está por trás, se as três
fontes mencionadas não assumem as denúncias?
Está caindo por terra todo o conteúdo
publicado na revista."
O presidente da Associação dos Madeireiros,
Leivino Ribeiro, e a HB Lima também assinaram
o mesmo documento que o Sindflorestas.
De acordo com Faleiro, Leivino disse que os R$ 2
milhões gastos pelo grupo são referentes
aos investimentos com o Plano de Safra Legal 2004
e com a política florestal, "e não
com parcerias com o PT", como afirma a revista.
Já a empresa HB Lima diz que nunca confirmou
a existência do adesivo com os dizeres "Optante
do Plano Safra Legal 2004", onde a sigla do
Partido dos Trabalhadores aparece em destaque, indicando
uma espécie de senha para os caminhoneiros
que carregam madeira ilegal no Pará.
"Quero que eles provem isso, eu nunca fui convidado
para esse tipo de coisa, não ouvi falar e
não acredito na existência desse esquema",
declarou Faleiro.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Danielle Coimbra