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AÇÃO CONJUNTA
COMBATE ATROPELAMENTO DE ANIMAIS NO PARQUE
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Junho de 2005
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20/06/2005 – O atropelamento
de animais silvestres nas ruas do Parque dos Poderes
pode estar perto do fim. Medidas com o objetivo
de reduzir a velocidade dos veículos que
trafegam pela região devem ser adotadas em
breve, com o aval e por solicitação
expressa do Ministério Público Estadual.
Na semana passada, o gerente de Conservação
da Biodiversidade do Imap (Instituto do Meio Ambiente
Pantanal), Harald Brito, reuniu-se com representantes
da Secretaria de Gestão Pública, do
Detran (Departamento Estadual de Trânsito),
Agetran (Agência Municipal de Transporte e
Trânsito), Agitrans (Agência Estadual
de Infra-estrutura em Transporte), na sala do promotor
do Meio Ambiente, Alexandre Raslan, para tratarem
do assunto.
O Parque dos Poderes é área de amortização
do Parque Estadual do Prosa, onde vivem dezenas
de espécies de mamíferos, além
de pássaros, répteis e outros animais.
É comum a cena de animais tentando atravessar
as ruas que separam o Parque do Prosa e as matas
remanescentes do Parque dos Poderes. Os quatis são
as vítimas mais freqüentes de motoristas
imprudentes, observa Harald Brito, porque sempre
andam em bandos. “Os primeiros conseguem passar,
o motorista pensa que pode dividir o bando e avança
o veículo. Aí acontece o atropelamento
porque os animais não raciocinam da mesma
forma.”
O coordenador do Cras (Centro de Reabilitação
de Animais Silvestres), Vinicius Andrade, revela
que durante todo o ano passado morreram cerca de
80 animais atropelados no Parque dos Poderes. O
Cras está sediado no Parque do Prosa e atende
animais vítimas do tráfico, mantidos
em cativeiro doméstico ou feridos em atropelamentos.
Nesse último caso, a maioria não sobrevive,
adverte Andrade. Não resistem ao estresse
do contato com os humanos.
A velocidade máxima admitida no Parque é
de 60 quilômetros por hora, mas não
são todos os motoristas que respeitam. Além
disso, não há comprovação
de que seja possível conter o veículo
e evitar um atropelamento trafegando nessa velocidade.
Por outro lado, os traçados das ruas do Parque
dos Poderes, sem curvas acentuadas, favorece o trânsito
intenso.
Harald Brito acrescenta que não ficou decidido,
na reunião, que medidas serão adotadas
para forçar a redução de velocidade
dos veículos. A fiscalização
eletrônica com a instalação
de radares ou lombadas foi discutida, mas primeiro
é preciso decidir de quem seria a competência
para implantar e manter os equipamentos: do município,
através da Agetran, do Estado, pelo Detran
ou da prefeitura do Parque dos Poderes, já
que a área é considerada um condomínio
pela Prefeitura.
Nova reunião será marcada para os
próximos dias a fim de definir as responsabilidades
e dar início às medidas necessárias.
Por envolver uma reserva ambiental, qualquer intervenção
necessita de aprovação técnica
da Sema, explicou Brito.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)