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PARANÁ TERÁ
INVENTÁRIO PERIÓDICO SOBRE
SITUAÇÃO DA COBERTURA FLORESTAL
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2005
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O objetivo do inventário
periódico é manter atualizados os
índices de cobertura florestal no estado
subsidiando as políticas públicas
para o setor, entre eles, instrumentos de controle
e fiscalização.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos Luiz Eduardo Cheida afirmou nesta
quarta-feira (29), durante reunião semanal
realizada na Secretaria do Meio Ambiente, que irá
solicitar ao Ministério do Meio Ambiente
(MMA) recursos para produção de inventários
periódicos sobre a situação
da cobertura florestal do Paraná.
A iniciativa partiu após a apresentação
de um mapeamento sobre as formações
florestais do Paraná, realizado pelo professor
Carlos Roberto Sanquetta, PHD do departamento de
Ciências Florestais da Universidade Federal
do Paraná (UFPR).
Segundo o estudo – de junho de 2005 - o percentual
de florestas em estágio avançado de
regeneração (florestas originais)
existentes no Paraná é de 13,7%. Já
o percentual da floresta com araucária, também
em estágio avançado, é de 1,29%.
Em contrapartida, os dados levantados pelo Projeto
de Conservação das Florestas com Araucária
no Paraná /PROBIO, realizado pelo Ministério
do Meio Ambiente com técnicos do Paraná,
em 2002 indicam que os remanescentes originais de
araucária somam 0,8%.
“A diferença é muito pequena mas demonstra
que as florestas são dinâmicas, ou
seja, se modificam com o tempo e que o Paraná
não possui um inventário periódico.
Além disso, precisamos ter dados padronizados”,
afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos Luiz Eduardo Cheida. Segundo ele,
o inventário é essencial para melhor
monitoramento da cobertura florestal.
O inventário será realizado por um
grupo de técnicos que fará estudos
de campo e por imagens de satélites. Os estado
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina já
iniciaram os levantamentos.
“O inventário mostrará o que temos
de florestas e as políticas públicas
priorizadas para o setor como, por exemplo, instrumentos
de controle e fiscalização”, afirmou
o presidente do IAP, Rasca Rodrigues.
Sanquetta falou também sobre as diferenças
entre os processos de regeneração
e sucessão das florestas. A regeneração
é uma forma de perpetuação
e reprodução de uma espécie
já a sucessão é a fase de crescimento,
podendo ser divididas em estágio avançado
de sucessão (árvores mais antigas),
estágio intermediário e estágio
inicial.
“A araucária se regenera com mais dificuldade
nas florestas em estágio avançado
de sucessão, já em florestas mais
jovens a regeneração é mais
fácil”, explicou.
Outro assunto em debate foi à preferência
pelo plantio de espécies exóticas
– como o pinus - por fatores que, segundo Sanquetta,
são questionáveis como rápido
crescimento e menor numero de pragas.
“O Japão possui 10 milhões de hectares
de florestas plantadas e, destes, 90% são
de árvores nativas”, exemplificou o professor
lembrando que as espécies menos ameaçadas
de extinção são as mais cultivadas
pelo homem. Sanquetta defendeu o manejo ambiental
correto das florestas como forma de recuperação.
Além disso o professor classificou como “brilhante”
o trabalho que vem sendo realizado pelo governo
do estado em relação às Áreas
de Preservação Permanente (APP) e
Reserva Legal.
“Defendo e elogia a atuação da Secretaria
do Meio Ambiente em todos os lugares que vou”, disse
Sanquetta.
Participam da reunião semanal da Secretaria
de Meio Ambiente diretores, técnicos e coordenadores
da Secretaria e de suas autarquias Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) e Superintendência
de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
(Suderhsa).
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Paraná (http://www.pr.gov.br/meioambiente/index.shtml)
Assessoria de imprensa