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REDE DE MONITORAMENTO É INSTRUMENTO PARA CONTROLE DE POLUIÇÃO NO TIETÊ

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Junho de 2005

29/06/2005 O seminário sobre a “Qualidade das Águas em São Paulo - Resultados da Cooperação CETESB-KfW”, realizado nesta terça-feira (28/6) revelou-se uma oportunidade para um balanço das atividades desenvolvidas com o objetivo de controlar a poluição das águas da bacia do Tietê nos últimos quinze anos. O Projeto Tietê, iniciado em 11000 pelo Governo do Estado, com a participação da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e da SABESP, encontra-se na segunda fase e começa a mostrar resultados práticos, perceptíveis na qualidade das águas da bacia e nas cidades vizinhas.

José Jorge
José Jorge
José Jorge
O presidente da CETESB, Rubens Lara, abriu a reunião enfatizando a importância do apoio oferecido pelo KfW, agente financeiro do governo alemão, com o qual foi possível proceder à ampliação e melhoria do monitoramento da qualidade das águas do Rio Tietê, verificando a eficácia e o avanço das ações de controle de efluentes industriais, bem como os efeitos dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos domésticos nos corpos hídricos.
Dirigindo-se à vice-consulesa da Alemanha em São Paulo, Sabine Eichhorn, lembrou que o KfW propiciou investimentos da ordem de 5 milhões de euros para a modernização dos laboratórios e aquisição de equipamentos e instalação de estações de monitoramento automático de qualidade de água, além dos 3 milhões de euros aplicados pela CETESB, com o trabalho de 113 técnicos para administração do contrato, implantação, operação e manutenção dos equipamentos e infra-estrutura para reforma dos laboratórios e instalações de campo.
Além da representante do governo alemão, o evento contou ainda com a participação de Gisela Foratini, superintendente da Fiscalização da Agência Nacional das Águas - ANA, representante o presidente da entidade, José Machado. Forattini fez questão de agradecer o apoio da CETESB, que está orientando a ANA no credenciamento de laboratórios, em âmbito nacional, para criar uma estrutura adequada para a gestão dos recursos hídricos no país. O presidente da Agência da Bacia do Alto Tietê, Julio Cerqueira Cesar Neto, que acompanhou todas as palestras do seminário, salientou a necessidade de aperfeiçoar o processo de gestão, desenvolvendo trabalhos como os de acompanhamento das cargas poluidoras.
Estiveram presentes ainda, entre outros, Gilmar Cícero Altamirano, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, representando o secretário Eduardo Jorge; Hiroyuki Minami, secretário de Planejamento e Tecnologia da Informática de São Bernardo do Campo, representando o prefeito William Dib; Marcelo Liochi, da Prefeitura de Ribeirão Pires, representando o prefeito Clovis Volpi; e Osmar Silva Filho, do Departamento de Águas e Esgoto de São Caetano do Sul, representando o prefeito José Auricchio Jr.
Palestras
O evento contou com as apresentações sobre os Avanços na Avaliação Ambiental dos Corpos D’Água de São Paulo, feita pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, Lineu Bassoi; Projeto de Despoluição do Rio Tietê - a Ação da CETESB, apresentado por Richard Hiroshi, do Departamento das Ações de Controle; e Coleta e Tratamento de Efluentes e a Ação da SABESP, por Marcelo Rampone, coordenador de controle do Projeto Tietê.
O seminário teve também a apresentação sobre a Experiência Alemã em Monitoramento de Qualidade das Águas, com Edward Seifer, diretor da Maxx - Equipamentos Técnicos de Amostragem e Medição, empresa responsável pelos equipamentos que compõe a rede de monitoramento instalada na bacia do Tietê. Houve ainda palestras sobre Avaliação da Qualidade dos Recursos Hídricos da Bacia do Alto e Médio Tietê e Implantação e Operação da Rede, apresentadas por Eduardo Mazzolenis, José Eduardo Bevilacqua e Nelson Menegon, do Departamento de Águas Superficiais e Efluentes Líquidos da CETESB.
Segundo Lineu Bassoi, a cooperação técnica e financeira com o governo alemão, firmada a partir de 1991 proporcionou a ampliação da capacidade analítica e do monitoramento da qualidade das águas para fortalecer o desempenho das funções da CETESB no Projeto Tietê. A rede de monitoramento automático permite indicar a situação dos contribuintes da bacia do Tietê e oferece subsídios importantes para se compreender o comportamento do rio.
Bassoi citou como exemplo os dados de uma das estações que indicavam excessiva demanda de oxigênio todos os dias em um determinado horário, o que inicialmente levou à suspeita de lançamentos clandestinos de efluentes industriais. A uniformidade e constância dos dados, no entanto, revelaram tratar-se do ciclo de desenvolvimento das algas naquele ponto do rio, em conseqüência do excesso de nutrientes lançados em outro trecho do curso d’água.
Dados como estes são fornecidos pelas 14 estações fixas de monitoramento automático, distribuídas em pontos estratégicos das bacias do Alto e Médio Tietê e que permitem o envio contínuo “on line” de dados sobre pH, oxigênio dissolvido, condutividade, turbidez, temperatura, Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO, nitrogênio e fósforo, servindo como uma espécie de “agente de controle 24 horas”.
Essas estações se somam aos 160 pontos da rede de amostragem que a CETESB mantém em todo o Estado, desde a sua criação em 1976. Atualmente são medidos mais de 50 parâmetros que permitem formar um diagnóstico sobre a qualidade das águas em todas as bacias do Estado.

Fonte: CETESB – agência ambiental do estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Eli Serenza)
Fotos: José Jorge

 
 
 
 

 

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