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IAP DESCOBRE 40 TONELADAS
DE LIXO ARMAZENADA EM POSTO DE GASOLINA
ABANDONADO
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Julho de 2005
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07/07/2005 - O lixo
era gerado por navios atracados no Porto de Paranaguá
e hospitais do município. A empresa Norte
e Sul Atividades Portuárias e Marítimas
Ltda - responsável pelo recolhimento do lixo
- foi multada em R$2 milhões e teve sua licença
de operação cassada
A empresa Norte e
Sul Atividades Portuárias e Marítimas
Ltda - localizada em Paranaguá, foi autuada
em R$ 2 milhões pelo depósito irregular
e clandestino de aproximadamente 40 toneladas de
lixo hospitalar infectante (classe 1) em um posto
de gasolina abandonado. A multa foi aplicada nesta
segunda-feira (04) pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP).
O lixo gerado pelos navios atracados no Porto de
Paranaguá e por hospitais do município
estava sendo armazenado há cerca de seis
meses em no posto de gasolina de nome “Guri”. O
local foi embargado e interditado pelo IAP e a empresa
teve sua licença cassada.
A Norte Sul - de propriedade de Osvaldo Alves de
Barros, possuía licença ambiental
para operação de coleta, transporte
e destino de resíduos sólidos classe
2 ou 2a (não perigosos e não inerte
que entra em decomposição) para aterro
sanitário. Para os resíduos classe
1 – considerados perigosos e com características
de corrosividade, reatividade, toxidade, apresentando
riscos à saúde ou ao meio ambiente
- o licenciamento foi liberado apenas para incineração
ou destinação em aterro sanitário
localizado nos municípios de Mauá
ou Paulínea, em São Paulo.
Risco - Após denúncias, o IAP realizou
uma blitz ambiental na área portuária
e identificou um caminhão de coleta de resíduos
de navio e, ao questionar os condutores sobre o
destino dos resíduos coletados, os técnicos
foram informados sobre o local de depósito.
De acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues,
a atitude da empresa é inadmissível
e coloca em risco a saúde da população
de Paranaguá. “Os nossos técnicos
descobriram ainda que outra parte do lixo estava
sendo destinada ilegalmente no lixão do Embocuí,
em Paranaguá”, informou Rasca.
A prefeitura de Paranaguá contratou a empresa
no ano de 2004, em caráter emergencial, para
fazer o recolhimento e dar a destinação
adequada ao lixo hospitalar proveniente de clínicas
e hospitais municipais. Além disso, a empresa
era responsável pelo recolhimento do lixo
dos navios que atracam no Porto.
“O lixo retirado de navios tem origem internacional
desconhecida e deve ser incinerado e depois enviado
para aterro separadamente do lixo domiciliar”, disse
Rasca.
Exigências
- O IAP fez um Relatório de Inspeção
Ambiental (RIA) dando prazo máximo de 10
dias para a empresa apresente um plano de destinação
final do passivo ambiental (lixo que está
no local) para destinação adequada.
Outra exigência é a contratação
de um técnico habilitado para produzir o
plano que contém a quantificação
do lixo armazenado, cronograma mostrando como o
lixo será retirado, equipamentos de proteção
utilizados pelos funcionários, como será
transportado e para qual local será levado.
Toda a operação será acompanhada
pela administração do Porto de Paranaguá
e pelo IAP.
Tratamento diferenciado – Os resíduos de
serviços de saúde apresentam características
perigosas (Patológico - segundo a NBR 10004
da ABNT) e necessitam de forma especial de tratamento,
que vai desde os cuidados no próprio estabelecimento
gerador (acondicionamento e armazenagem corretos)
até a remoção, transporte,
tratamento e destino final dos resíduos.
A coleta dos resíduos hospitalares também
é feita de forma criteriosa para que não
sejam misturados a outro tipo de lixo. Caso contrário,
o lixo comum seria contaminado e não poderia
ser recebido sem prévio tratamento nos aterros.
Após o tratamento e incineração,
o que resta de resíduo – geralmente cerca
de 30% do volume inicial - pode ser disposta em
aterros sanitários.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Paraná (http://www.pr.gov.br/meioambiente/index.shtml)
Assessoria de imprensa