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IBAMA CRIA COMITÊS
PARA TENTAR RECUPERAR A SARDINHA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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(7.6.05) - A queda
da produção da sardinha verdadeira
(Sardinella brasiliensis) levou o Ibama a criar
um comitê de gestão do uso sustentável
do recurso. O pescado, que já teve produção
de 230 mil toneladas na década de 70, chega
a atualmente a 45 mil toneladas. País que
já teve na sardinha um dos principais produtos
pesqueiros para consumo popular, o Brasil hoje recorre
à importação de sardinhas para
o abastecimento da indústria de enlatados.
Mesmo assim, a sardinha é um dos produtos
pesqueiros marinhos mais consumidos no país,
sendo alimento preferencial das classes economicamente
pobres, devido ao seu baixo custo.
O comitê empossado
nesta quinta-feira em Brasília reúne
representantes do governo federal (MMA, Ibama, MDIC,
TEM, SEAP e Marinha*), Conselho Nacional de Pesca
e Aqüicultura, Conselho Pastoral de Pesca,
Confederação dos Trabalhadores em
Transportes Aquaviários e Aéreos na
Pesca e Portos, Sindicato das Indústrias
da Pesca e ONGs. A coordenação do
comitê será da Diretoria de Fauna e
Recursos Pesqueiros do Ibama.
O objetivo do conselho
é tentar estabelecer a pesca sustentável
da sardinha nos estados de ocorrência da espécie:
Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná
e Santa Catarina. O principal problema enfrentado
é o excesso de pesca. "A pesca em demasia
está levando ao esgotamento do recurso no
litoral brasileiro. Se os setores ligados à
pesca da sardinha não tomarem medidas concretas
em curto prazo, há o risco do peixe desaparecer
da mesa dos brasileiros", alerta o diretor
de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo
Mello.
Segundo ele, a produção nacional da
sardinha segue ciclos de recuperação,
mas a cada fim de ciclo, verifica-se que a recuperação
se deu dentro de índices menores. "É
uma tendência de esgotamento dos estoques",
disse Rômulo Mello.
*Ministério
do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis; Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio;
Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria
de Aqüicultura e Pesca.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa (Jaime Gesisky)