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“A GENTE NEM COMEMOROU”
REDUÇÃO DO DESMATAMENTO, LAMENTA
DIRETOR DO MINISTÉRIO DE MEIO AMBIENTE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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21/07/2005 – "A
gente nem comemorou o índice", diz o
diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério
do Meio Ambiente, Tasso Rezende de Azevedo. Segundo
ele, redução de cerca de 90% do desmatamento
da Amazônia, no mês passado, é
um problema. "Isso seria ótimo se fosse
constante, mas como sustentar essa queda?"
Azevedo avalia ser
grave apenas a medida do bloqueio de ações
ilegais. "Estamos bloqueando uma atividade
econômica de alta pressão, o grileiro
que comercializa terra, o transportador de madeira
ilegal, enfim, criamos uma restrição
econômica semelhante a uma barragem menor
do que rio represado", diz.
Ele afirma que a
proteção permanente da floresta se
dá de duas formas. "Manter a força
da fiscalização, que a gente mantém,
e ocupar o espaço da atividade econômica
ilegal com a sustentável", diz ele.
"Em longo prazo é a substituição
dessa atividade econômica pela sustentável".
Azevedo então
reafirma a necessidade da aprovação
pelo Senado do Projeto de Lei 4776/05 que prevê
exploração sustentável de florestas
públicas pelo mecanismo de concessão
a empresas privadas, além de criar o Serviço
Florestal Brasileiro e o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal. Segundo ele, o PL deve diminuir os obstáculos
ao manejo florestal sustentável comercial.
"Já colocamos
o exército, a polícia federal etc.,
mas se não tiver uma saída econômica
de forçar as pessoas a cuidarem da floresta
porque ela gera renda – é isso que acontece
com os países que mantém suas florestas
em pé – tudo vai explodir, como está
para ocorrer no Pará", avalia ele. "Gerar
renda conservando a floresta, objetivamente e rapidamente,
se não nós vamos de novo sofrer um
baque."
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Janaina Rocha