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GERENTE DO IBAMA DIZ NA
CPI DA BIOPIRATARIA QUE FALTA DE FISCAIS
FACILITA EXTRAÇÃO ILEGAL DE
MADEIRA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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04/08/2005 - O gerente
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) em Altamira (PA),
Elielson Soares de Faria, disse que o baixo número
de fiscais na região dificulta o controle
da extração ilegal de madeira. Durante
audiência pública da Comissão
Parlamentar de Inquérito que investiga a
biopirataria, ele também admitiu que há
problemas nos projetos de assentamento, uma vez
que 95% deles não teriam licença ambiental.
"O Ibama tem
realizado ações para trazer fiscais
de outras regiões a fim de suprir nossa carência,
pois temos apenas três fiscais habilitados",
afirmou. E informou que o número de Autorizações
de Transporte de Produto Florestal (ATPF) diminuiu
nos últimos anos: "No ano passado, por
exemplo, liberamos 180 mil metros cúbicos
de madeira. Em 2005, autorizamos apenas 8 mil. É
um número pequeno para a CPI dizer que isso
faz parte de um esquema irregular". Segundo
o gerente, o Ibama vai apurar qualquer tipo de irregularidade
administrativa.
A CPI da Biopirataria
identificou quase 50 protocolos com autorização
do Instituto para extração da madeira.
"Vamos levantar todos esses documentos e tomar
as medidas cabíveis. Isso pode ter de fato
acontecido, mas eu não tenho conhecimento",
explicou Faria.
O analista ambiental
do Ibama, Carlos Rentao Leal Bicelli, que depôs
pela manhã, reafirmou que o Instituto em
Altamira teria beneficiado as madeireiras que apoiaram
os candidatos do PT nas eleições de
2004 por meio da liberação das licenças.
Disse também que o plano de combate ao desmatamento,
que seria elaborado por diversos ministérios,
nunca chegou aos fiscais do órgão
na cidade.
O executor do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) em Altamira, Bruno Lourenço
Kempner, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Anapu (Pará), Francisco de Assis
de Souza, também prestaram depoimento na
CPI.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Karina Cardoso