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GERENTE DO PROAMBIENTE
REAFIRMA COMPROMISSO DE INICIAR PAGAMENTO
DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Agosto de 2005
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03/08/2005 – O gerente
nacional do Programa de Desenvolvimento Socioambiental
da Produção Familiar Rural (PróAmbiente),
Ricardo França, reafirmou o compromisso de
implantar até outubro o sistema de compensação
pelos serviços ambientais previsto no programa,
que institui o pagamento de um terço do salário
mínimo por mês, R$ 100, para os agricultores
certificados. Para isso, será preciso que
o Congresso Nacional aprove uma lei que regulamente
essa remuneração.
Segundo França,
o rascunho do projeto de lei elaborado pela gerência
nacional do programa está sendo formatado
em linguagem jurídica por assessores de deputados
federais da região Norte, ligados ao governo.
"Estamos trabalhando para cumprir a meta de
outubro. Mas a gente sabe que tem a possibilidade
de demorar um pouco mais o trâmite ou mesmo
de o projeto de lei não ser aprovado",
ponderou.
O PróAmbiente
surgiu de uma proposta dos movimentos sociais rurais
da Amazônia Legal para superar a dicotomia
entre produção e conservação
ambiental. Ele teve como proponentes as Federações
dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGs), o Movimento
Nacional dos Pescadores (MONAPE), a Coordenação
das Organizações Indígenas
da Amazônia Brasileira (COIAB), o Conselho
Nacional dos Seringueiros (CNS) e o Grupo de Trabalho
Amazônico (GTA). O programa começou
a funcionar em 2000, como projeto piloto da sociedade
civil. Em 2003, virou ação de governo,
sob coordenação da Secretaria de Políticas
para o Desenvolvimento Sustentável (SDS)
do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O PróAmbiente
funciona em 11 pólos pioneiros – cada um
deles possui até 500 famílias de pequenos
agricultores envolvidas no programa. No ano passado,
cumpriu-se a etapa de cadastramento e o diagnóstico
sócio-ambiental desses produtores. Neste
ano, ocorre a fase de elaboração dos
planos de utilização dos lotes, com
o objetivo de promover o uso sustentável
da área. Somente quando os planos de utilização
forem aprovados é que as famílias
serão consideradas certificadas e estarão
aptas a receber a compensação pelos
serviços ambientais.
"O plano de
utilização é um compromisso
do agricultor com ele mesmo, de que irá produzir
sem destruir a natureza. Ele tem cinco anos para
ser implantado. Nesse período, os R$ 100
mensais ajudam no processo de mudança produtiva,
garantem a segurança alimentar. Depois disso,
aí sim, vira então pagamento pelos
serviços ambientais que o agricultor estará
de fato prestando", explicou França.
Ele está em Manaus visitando o pólo
pioneiro local.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi