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IBAMA QUER IMPULSIONAR
PROGRAMA AGENTES VOLUNTÁRIOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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(11/08/05) - O I
Encontro Nacional dos Coordenadores do Programa
Agentes Ambientais Voluntários (AAV), gerenciado
pelo Ibama com as gerências do órgão
nos estados, chega hoje (11) ao final, com a promessa
de um impulso. “Objetivo agora é atrair ainda
mais voluntários, que já beiram os
3.000, garantindo a eles condições
para que ajudem a prevenir os crimes ambientais”,
afirmou a coordenadora do Comitê Gestor do
AAV, Juliana Simões. O encontro começou
na última terça-feira e encerra hoje,
às 18h.
Participam do evento
35 coordenadores regionais. Em oficinas de trabalho,
coordenadores novos e antigos têm se familiarizado
mais com o Programa. “Estamos debatendo formas de
potencializar ações. Discutimos e
trocamos informações sobre planejamento,
mobilização, relações
institucionais, recrutamento, formação
e gerenciamento de equipes, avaliação
do trabalho”, esclarece Juliana.
Além das oficinas,
os participantes ouviram palestras sobre três
experiências bem-sucedidas de voluntariado.
O coordenador do ProVárzea, Mauro Ruffino,
falou sobre o trabalho nas comunidades de pescadores
do Pará. Henrique Horn mostrou os ganhos
com a proteção e preservação
do Parque Nacional de Abrolhos. Já a coordenadora
do Programa no Amazonas, Anete Amâncio, falou
sobre os resultados alcançados no seu estado,
o que mais possui voluntários na área
ambiental.
“Os agentes ambientais
voluntários orientam, alertam e mobilizam
comunidades e imprensa, em prol do manejo civilizado
dos biomas. Por conhecerem de perto o jogo de interesses
locais, eles se antecipam aos danos ambientais,
acelerando medidas saneadoras, inclusive em Unidades
de Conservação do Estado, onde muitos
predadores só são descobertos quando
deram início ao delito”, diz o diretor de
proteção ambiental do Ibama, Flávio
Montiel.
ONU – Pesquisa da
ONU, de 2002, confirmou que o brasileiro é
um solidário. Em todas as faixas sociais
e etárias, mais de 40 milhões de pessoas
fazem algum trabalho voluntário, em benefício
do País.
A vontade de ajudar
é maior. Outro estudo, da Ong Faça
Parte, mostra que mais de 70% da população
deseja colaborar – embora muitos não saibam
como. Este dado indicou a necessidade de os gestores
públicos adotarem ações no
sentido de incorporar aquele potencial. É
o que vem ocorrendo. Segundo a ONU, o Brasil está
entre os países onde o trabalho voluntário
mais cresce. “Se o melhor do Brasil é o brasileiro,
mais valoroso é o voluntário. Tolo
o governante que, ante esse otimismo na ação,
abata-se pelo pessimismo da inteligência”,
afirmou Flávio Montiel.
O voluntariado excedeu
os movimentos religiosos e a Cruz Vermelha e chegou
à esfera pública, onde a anônimos
e celebridades, sobretudo do mundo da música
e do esporte, contribuem para a gestão pública
de áreas como Educação, Direitos
Humanos, Saúde, Meio Ambiente. São
cidadãos, entidades civis, empresas. No Brasil,
a atuação voluntária ambiental
é mais forte na região amazônica,
vitimada pelos desmatamentos ilegais de florestas
(para prática do comércio madeireiro
e da agropecuária extensiva), pelo contrabando
de animais silvestres e pelo seqüestro de seivas
medicinais, para registro de patentes no exterior.
O Governo tem utilizado
os recursos humanos, materiais e tecnológicos,
além da força da lei, em busca de
política de manejo sustentável dos
recursos naturais. A fiscalização
se intensificou nos portos, aeroportos e postos
aduaneiros. Satélites monitoram a Amazônia
e balizam a ação dos fiscais do Ibama
e da Polícia Federal. “Engana-se quem pensa
que pode desmatar sem ser visto”, alerta Montiel.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Rubens Amador