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GOVERNO VAI EXIGIR E FISCALIZAR
REPOSIÇÃO DA RESERVA LEGAL
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Agosto de 2005
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17/08/2005 – Em
entrevista coletiva nesta manhã, o secretário
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José
Elias Moreira, afiançou que o Estado vai
exigir a reposição das áreas
destinadas à reserva legal e tem como fiscalizar
se a propriedade se enquadra nas normas estabelecidas.
A portaria regulamentando o funcionamento do Sistema
de Recomposição, Regeneração
e Compensação da Reserva Legal foi
publicada no Diário Oficial na semana passada
e entra em vigor em 90 dias, a partir de sua publicação.
José Elias
lembrou que, principalmente na bacia do rio Paraná,
resta pouco das florestas nativas, seja em forma
de reserva permanente (matas ciliares e sopés
de montanha) ou reserva legal, que corresponde a
20% da propriedade rural. “O próprio governo
federal incentivou a ocupação agrícola
no cerrado com o programa Plante que o Governo Garante.
E essa ocupação se deu de forma desordenada,
sem a observância das normas. Mas não
é possível prosseguir com essa situação.
O governador Zeca do PT determinou que essa seja
uma prioridade de seu governo: restituir à
natureza a parte que lhe compete.”
Mato Grosso do Sul
é o primeiro Estado do país a criar
mecanismos de controle capazes de saber com precisão
se a propriedade rural possui ou não a reserva
legal. Esse controle se dará, conforme explicou
o gerente de Recursos Florestais, Osvaldo Antônio
dos Santos, através da exigência da
apresentação do mapa georreferenciado
do imóvel com a localização
exata da reserva legal. Esse mapa também
deve ser apresentado ao cartório caso o proprietário
queira vender, desmembrar ou remembrar seu imóvel.
Compensação
– O secretário José Elias enfatiza
que o governo está facilitando a regularização
das propriedades ao permitir a compensação
da reserva legal por outras áreas. A aquisição
pode ser feita, inclusive, em consórcio.
A preferência é por terras localizadas
próximas às nascentes, em torno de
unidades de conservação ou matas ciliares,
a fim de ampliar essas áreas de preservação.
Outra possibilidade
é a aquisição de áreas
degradadas, que após recuperadas e reflorestadas,
podem ser permutadas pela reserva legal. Dados do
próprio governo apontam para a existência
de aproximadamente 8 milhões de hectares
degradadas no Estado, especialmente pela ação
da pecuária. “Vai depender da situação
de cada propriedade e da disposição
de cada proprietário rural. Com orientação
técnica ele vai saber se o melhor é
replantar a reserva legal, cercar a área
para que se regenere naturalmente ou adquira outra
área para fazer a compensação.”
O secretário
não esconde a preferência pela compensação,
pois permite que se amplie de forma ordenada as
unidades de conservação sem prejudicar
o potencial produtivo do Estado. “O proprietário
não vai precisar diminuir em 20% sua área
cultivada para atender a lei.”
Fonte: Secretaria Estadual de Meio
Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)