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PF JÁ PRENDEU 28
INTEGRANTES DE QUADRILHA ACUSADA DE CONTRABANDEAR
AGROTÓXICOS
Panorama
Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Agosto de 2005
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15/08/2005 - A Polícia
Federal desmantelou hoje (15) uma organização
criminosa que falsificava e contrabandeava agrotóxicos,
atuando no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná
e Goiás. A Operação Caá-Ete
(nomenclatura indígena, que em guarani significa
Mata Nativa) é resultado de seis meses de
investigações da corporação
de Passo Fundo, no Norte do estado, envolvendo policiais
federais, fiscais do Instituto Nacional do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e auditores da Receita Federal.
Segundo o titular
da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado,
Ildo Gasparetto, 28 suspeitos já foram detidos,
entre eles policiais civis, empresários e
funcionários públicos. "Dos 31
mandados de prisão, busca e apreensão
e de seqüestro de veículos, expedidos
pela Justiça Federal da cidade de Carazinho,
23 já foram cumpridos nos quatro estados",
explicou.
O delegado João
Carlos Girotto, da Polícia Federal de Passo
Fundo, responsável pela coordenação
da operação – "a primeira grande
ação da PF para combater esse tipo
de crime no país" –,disse que o grupo
comercializava mensalmente cerca de cinco toneladas
de agrotóxicos, movimentando R$ 1,5 milhão
aproximadamente. "Boa parte dos produtos era
contrabandeada e entrava no Brasil principalmente
por Ciudad Del Este, no Paraguai, ou por Rivera,
no Uruguai, para ser distribuída nos quatro
Estados".
A Superintendência
Regional da PF explicou que a quadrilha também
era responsável por um esquema de falsificação
e distribuição de inseticidas. Além
de desrespeitar a legislação brasileira
e as regras da Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO), a falsificação representa perigo
para a saúde da população,
já que inseticidas de qualidade inferior
são usados na produção de alimentos
consumidos em larga escala no país.
Os integrantes do
grupo são acusados pelos crimes de contrabando;
estelionato; crime contra a ordem tributária;
falsidade ideológica; formação
de quadrilha; crime contra o meio ambiente; crime
contra marcas; e produção e transporte
de agrotóxicos descumprindo exigências
estabelecidas nas leis e regulamentos.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Shirley Prestes