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AMBIENTALISTA DEFENDE DISCUSSÃO
COM A SOCIEDADE SOBRE O QUE É MANEJO
FLORESTAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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O coordenador de
Políticas Florestais da organização
ambientalista WWF-Brasil, Mauro Armelin, afirmou
que a Amazônia não será internacionalizada.
"Isso é paranóia. Não
corremos esse risco". A declaração
foi feita nos estúdios da TVE Brasil, no
Rio de Janeiro, durante o programa Diálogo
Brasil, que discutiu ontem (31) as causas e as conseqüências
do desmatamento.
Ele defende que se
deve pensar no manejo florestal como uma atividade
economicamente ativa para os proprietários
de terras e promover uma discussão com a
sociedade para saber o que se entende por desmatamento:
"Nós temos que entender a floresta e
entender o que a floresta pode oferecer, em conjunto
com a sociedade".
Manejo florestal
é um conjunto de técnicas empregadas
para colher cuidadosamente parte das árvores
grandes, de tal maneira que as menores, a serem
colhidas futuramente, sejam protegidas. Com a adoção
do manejo a produção de madeira, por
exemplo, pode ser contínua ao longo dos anos.
A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, afirmou, nos estúdios
da TV Nacional, em Brasília, que o desmatamento
é um problema grave e inaceitável
e deve ser tratado como programa de governo. Ela
destacou que o projeto do governo para combater
o desmatamento tem três frentes: plano de
desenvolvimento sustentável para a Amazônia,
plano de combate ao desmatamento e plano de desenvolvimento
sustentável da BR-163 (Cuiabá-Santarém).
Segundo Marina Silva,
as ações integradas no âmbito
do desmatamento contribuíram para a queda
do percentual de desmatamento anual. "Durante
muitos anos se pensou no desenvolvimento na amazônia
e não no desenvolvimento da amazônia."
A ministra lembrou
que a Mata Atlântica não é a
maior área desmatada do país. "As
florestas de araucária estão correndo
maior risco que a Mata Atlântica". A
ministra ressaltou que já existem 8 milhões
de hectares de unidades de conservação,
mas ainda há muitos assentamentos irregulares
ambientalmente inadequados.
Em São Paulo,
nos estúdios da TV Cultura, o professor de
arquitetura da Universidade de São Paulo
(USP) e especialista em Planejamento Ambiental,
José Pedro de Oliveira Costa afirmou que
a situação da Amazônia é
muito grave. Para ele, as estradas construídas
na região dividiram a floresta em segmentos.
Ele criticou o fato de o governo não ter
um plano específico de preservação
e sugeriu à ministra a criação
de mais áreas protegidas. "Além
de aprovação, é possível
se criar um grande número de áreas
protegidas", disse.
A mediação
dos debates do Diálogo Brasil é do
jornalista Florestan Fernandes Jr. O programa é
resultado de uma parceria entre a Radiobrás,
a TVE Brasil, do Rio de Janeiro e a TV Cultura,
de São Paulo. Os telespectadores podem participar
por telefone, fax ou e-mail.
O programa é
transmitido ao vivo pela NBR, emissora Radiobrás
para 822 pontos no país, por cabo e antena
parabólica. A TV Cultura e as emissoras da
Rede Pública transmitem o programa gravado
a partir da 1 hora. Aos sábados, a TV Nacional
e a NBR reprisam o programa às 22 horas.
O Diálogo Brasil é transmitido também
no Japão, pela TV Brasil Internacional.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Adriana Franzin