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EM BELO HORIZONTE, GREENPEACE
FAZ CAMPANHA PARA CONSUMIDORES PRESSIONAREM
A BUNGE
Panorama
Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Agosto de 2005
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Organização
estará em Belo Horizonte neste fim-de-semana
distribuindo o Guia do Consumidor
Ativistas e voluntários
do Greenpeace fazem campanha na capital mineira
neste sábado, dia 3 de setembro, na Praça
Juscelino Kubitschek, no Bairro Mangabeiras, das
9h às 14h, e no domingo, dia 4, na Praça
Liberdade, das 8h às 14h, para alertar a
população sobre o possível
uso de transgênicos pela marca Bunge, líder
no mercado de óleos e margarinas e uma grande
fabricante de maionese. O objetivo da campanha “ENCHA
O SAC DA BUNGE” é incentivar os consumidores
a questionarem a empresa sobre o uso de transgênicos
em seus produtos como os óleos Soya e Salada,
a margarina Delícia e a gordura vegetal Primor.
Os ativistas, que
estarão vestindo roupas e nariz de palhaços,
vão distribuir produtos gigantes da marca
Bunge e balões para as crianças. Um
malabarista com perna de pau vai fornecer o Guia
do Consumidor (lista de produtos com e sem transgênicos).
Os voluntários também vão coletar
assinaturas exigindo que a Bunge não use
transgênicos na fabricação de
seus produtos. A empresa adota duplo padrão
no relacionamento com seus clientes. Apesar de ter
uma linha certificada de produtos não-transgênicos,
destinada a clientes com exigências específicas
por soja e farelo de soja convencional, a Bunge
não tem a mesma transparência com o
consumidor final, que compra seus produtos no supermercado.
“Queremos dar voz
a milhares de consumidores brasileiros que rejeitam
os transgênicos em seus pratos”, explica Ventura
Barbeiro, da campanha de Engenharia Genética
do Greenpeace. Segundo pesquisa Iser/2004, mais
de 70% dos brasileiros não querem consumir
alimentos transgênicos. “Estamos convidando
a população a enviar mensagens à
Bunge manifestando seu direito de saber e escolher
o que estão comendo”.
Em 2004, o Greenpeace
denunciou a fábrica de óleos da Bunge
em Passo Fundo (RS). Na ocasião, a própria
empresa, maior comercializadora (trader) de grãos
no país, admitiu que não tem controle
sobre a matéria-prima utilizada em seus produtos
finais e não oferece nenhuma informação
sobre a origem da matéria-prima utilizada
na fabricação dos óleos, margarina
e maionese da empresa.
“A Bunge desrespeita
os consumidores ao tentar empurrar os transgênicos
goela abaixo da população. Ela deveria
ser transparente, informando a qualidade da matéria-prima
utilizada na fabricação de seus produtos.
Só assim os consumidores poderão escolher
alimentos que não destroem o meio ambiente”,
afirma Barbeiro.
Durante a produção
de óleos vegetais e derivados, o DNA é
destruído de tal forma que um teste de transgenia
é incapaz de detectar a presença de
transgênicos. Por isso, o fato de produtos
como margarinas, óleos, maionese e gorduras
vegetais não apontarem a presença
de transgênicos não significa que matéria-prima
transgênica não foi utilizada em sua
fabricação. Pelo Decreto de Rotulagem
(4.680/03), a empresa é obrigada a informar
ao consumidor sobre o uso de transgênicos
em qualquer parte da cadeia produtiva.
“Poucas pessoas sabem
que esses produtos não podem ser testados
em laboratórios. E a Bunge se aproveita disso
para tentar enganar os consumidores”, alerta Barbeiro
. “Por isso, o papel do consumidor é fundamental
na hora de escolher o que comprar. Todo mundo pode
participar, exigindo que a Bunge garanta uma produção
livre de transgênicos”.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa