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MAIS 16 ANIMAIS DO CRAS
SÃO ENVIADOS A ZOOLÓGICO DO
PARANÁ
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Agosto de 2005
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O Cras (Centro de
Reabilitação de Animais Silvestres)
encaminhou na quarta-feira (24/08) mais 16 animais
a um zoológico paranaense porque não
apresentavam as condições necessárias
para serem devolvidos à natureza. Eram quatro
jaguatiricas, dois tamanduás, nove araras
e um furão. Desta vez o destino dos animais
foi o Refúgio Ecológico Bela Vista,
em Foz do Iguaçu (PR), mantido pela Usina
Hidrelétrica Itaipu Binacional.
No dia 18 de maio
o Cras enviou 35 animais para um zoológico
de Sorocaba (SP). Tarefa difícil, entretanto,
é conseguir vagas para 30 macacos e seis
onças pardas. “Ninguém quer macaco
e onça. Dão muito trabalho para cuidar”,
explica o coordenador do Centro, Vinicius Andrade.
Essas espécies se acostumam facilmente com
a presença humana e se devolvidos à
natureza, podem invadir residências e se tornar
presas fáceis de caçadores.
O Cras recebe em
média 1,5 mil animais por ano, a maioria
apreendida de traficantes ou resgatada de cativeiro.
Mas um número grande de animais chega ao
Centro com ferimentos graves causados por atropelamento
ou maus tratos. São examinados pelos médicos
veterinários, recebem tratamento adequado
e depois de curados, retornam ao habitat natural.
Vinicius Andrade afirma que atualmente cerca de
600 animais estão em tratamento no Cras,
a maioria aves.
Dos 16 animais enviados
ao Refúgio Bela Vista, apenas um tamanduá
permaneceu por mais de um ano no Cras; os demais
estavam em tratamento há menos de três
meses. Todos chegaram filhotes e cresceram em contato
com humanos, perdendo desta forma o instinto selvagem.
Vítimas da insensatez do homem, alguns animais
estão condenados a viver para sempre em gaiolas
ou perambular pela área cercada do Cras.
São tucanos e araras com asas quebradas,
uma seriema que teve um pé arrancado (provavelmente
numa armadilha), um tamanduá criado desde
pequeno em cativeiro e que não sabe procurar
o próprio alimento.
Para amenizar o sofrimento
desses animais, a Sema – em parceria com a Prefeitura
de Campo Grande e com a Fundação Municipal
Parque Zoobotânico – vai construir um refúgio
ecológico no Parque Estadual Matas do Segredo.
Um grupo de trabalho, coordenado pelo médico
veterinário e jornalista Osmar Bastos está
elaborando o projeto e buscando outros parceiros
para financiar a obra.
Fonte: Secretaria Estadual de Meio
Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)