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CATADORES E GOVERNO DISCUTEM
EM BH TRANSFORMAÇÃO DO LIXO
EM FONTE DE RENDA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
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09/09/2005 – A transformação
do lixo em fonte de renda é o tema do 4º
Festival do Lixo e Cidadania que se realiza em Belo
Horizonte. Os participantes discutem as alternativas
para o tratamento do lixo e propõem políticas
públicas para o setor. O encontro é
apoiado pelos ministérios do Desenvolvimento
Social e Combate a Fome, do Meio Ambiente e da Ciência
e Tecnologia. Os catadores de lixo e o governo discutem
formas para melhorar a realidade social e ambiental.
O catador de material
reciclável da Associação dos
Catadores de Lixo de Contagem (MG), Gilberto Chagas,
faz a coleta e consegue, ao fim de cada mês,
uma renda de R$ 400. Para ele, seu trabalho contribui
para a sociedade. "Esse não é
problema só do catador, é de toda
a sociedade. O cidadão pensa jogando o lixo
na lixeira. A coleta convencional pega ele, acha
que o problema está resolvido. Aí
é o começo de todo o problema",
disse.
Para a secretaria
de Articulação Institucional do Ministério
do Desenvolvimento Social, Eliana Tavares Campos,
é importante discutir a questão sócio-ambiental.
"A importância, num país onde
temos um desemprego tão grande, é
social porque está oferecendo oportunidade
de renda para as famílias dos catadores;
é ambiental porque está reciclando
o material que seria lixo e ele tem um valor muito
grande para levar crescimento ao país, porque
preserva o ambiente e gera trabalho e renda".
Segundo Eliana, trata-se
de um projeto no qual vale a pena investir, uma
vez que inclui pessoas que estão socialmente
excluídas. Ela disse que considera os catadores
de lixo verdadeiros ambientalistas. "Eles separam
o material que seria jogado no lixo e levam esse
material para o processo industrial".
Calcula-se que no
país mais de 2 milhões de trabalhadores
exercem essa atividade, 150 mil só com a
reciclagem. No Brasil são produzidas por
240 mil toneladas de lixo por dia, dos quais apenas
2% são reciclados e 59% chegam aos lixões
sem nenhum tratamento que proteja a natureza.
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Valtemir Rodrigues