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COMITÊ SANTA MARIA
APRESENTA USOS PRIORITÁRIOS DAS ÁGUAS
DA BACIA
Panorama
Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Agosto de 2005
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05/09/2005 - O Conselho
Estadual do Meio Ambiente (CRH) recebeu, na reunião
ordinária ocorrida nesta segunda-feira (05),
o parecer sobre o enquadramento das águas
da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria.
O documento foi entregue pelo presidente do Comitê
Santa Maria, Eldo Costa.
O enquadramento define
os usos futuros dos recursos hídricos da
região. Conforme o presidente do Comitê,
a prioridade de utilização da água
é para abastecimento público, seguido
pela irrigação, lazer e turismo. Eldo
Costa destaca que “monitoramentos feitos desde 1996
até agora mostram uma evolução
qualitativa nas áreas rurais, com menor impacto
causado pela produção agrícola
irrigada, devido à educação
ambiental e melhoria no manejo e nas tecnologias
utilizadas.” O presidente do Comitê lamenta,
porém, que há problemas a serem atacados
nas zonas urbanas, como destinação
de resíduos sólidos e saneamento.
Conforme o secretário-executivo do CRH, Paulo
Renato Paim, será baixada uma resolução
do Conselho legitimando o enquadramento do rio Santa
Maria. “A partir disso, a outorga do Departamento
de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual
do Meio Ambiente (DRH/Sema) o licenciamento ambiental
da Fepam ficam condicionados a essa diretriz política”,
afirma Paim.
Outro ponto da pauta
foi a participação do diretor do DRH
da Sema, Rogério Dewes, alertando que em
30 de setembro encerra-se o prazo para envio de
solicitações para outorga de uso da
água em atividades irrigadas nas bacias dos
rios Gravataí, Sinos e Santa Maria e na Lagoa
Mangueira. Essas áreas estão definidas
no Programa Estadual de Regularização
da Atividade de Irrigação (PERAI).
Dewes também fez um relato dos trabalhos
em andamento para a implantação das
Agências de Região Hidrográfica
do Estado, ressaltando que dentro de 15 dias o grupo
de consultores que elabora o projeto estará
instalado no Centro Administrativo do Estado, dispondo,
assim, de infra-estrutura adequada para as atividades.
Ainda, a professora
Ione Guterres apresentou trechos do seu mestrado
em Gestão e Auditoria Ambiental, com recomendações
para alterar a Lei 10.350/94 (Lei Gaúcha
das Águas) e incluir a educação
ambiental na gestão dos recursos hídricos.
“ A lei faz referência à educação
ambiental de forma difusa e relacionada ao programa
de comunicação social”, observa. Ione
Guterres sugere que a educação ambiental
passe a ser considerada como o terceiro instrumento
de gestão dos recursos hídricos, junto
com a outorga e a cobrança pelo uso da água.
O CRH encaminhará o trabalho da professora
à Câmara Técnica para avaliação.
O CRH também
definiu hoje a composição da Unidade
Estadual de Execução do Projeto Aqüífero
Guarani (UEEP). A Comissão será formada
por um representante das companhias de abastecimento
público, dos municípios, da agricultura
irrigada, das universidades, de entidades ambientalistas,
da Emater, do DRH/Sema, da Fepam, das secretarias
estaduais das Obras Públicas e da Coordenação
e Planejamento. Os representantes deverão
ser indicados pelas entidades.
Fonte: Secretaria Estadual de
Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (www.sema.rs.gov.br)
Assessoria de imprensa