Perfil do artesão - No
workshop foi apresentado o resultado de uma pesquisa
feita com os artesãos, que traçou
o perfil do artesanato fluminense nos caminhos
Velho e Novo: Paraty (Velho) e Magé, Petrópolis,
Areal, Três Rios, Paraíba do Sul,
Comendador Levy Gasparian (Novo). A pesquisa foi
coordenada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo/RJ e pela Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, por meio da Casa do Artesanato
do Estado do Rio de Janeiro, com apoio do MTur
e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior.
O levantamento permite obter informações
sobre a escolaridade do artesão, renda,
técnicas de produção, matérias-primas
mais usadas, comercialização e via
de escoamento para exposição e venda.
Dos 404 entrevistados, 37% têm até
a 4ª série, 21% terminaram o primeiro
grau e 18%, o segundo grau. No quesito renda,
45% disseram que recebem de dois a três
salários mínimos mensais; 28%, até
um salário mínimo; 15%, de seis
a sete salários.
Os dados da pesquisa indicam que 85% trabalham
em casa; 6%, em espaços estabelecidos pela
comunidade ou organização não
governamental; 5% têm oficina própria
e 1% trabalha nas feiras de artesanato. No estado
do Rio, as matérias-primas mais utilizadas
são os tecidos, fios e linhas, seguidos
por madeiras e fibras (bambu, palha de milho,
taquara e taboa).
As maiores dificuldades apontadas estão
relacionadas ao custo e ao transporte: 34% dos
artesãos apontam carência financeira
para aumentar o estoque e 25% admitem necessidade
de deslocamento para cidades maiores para comprar
material.
O próximo evento do Departamento de Produção
Associada ao Turismo do MTur será o Seminário
Ibero-Americano de Artesanato, com o tema “Turismo
e Artesanato”, que será realizado dentro
do Fórum Mundial de Turismo, no fim de
outubro, no Rio de Janeiro.