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PARNA DA AMAZÔNIA
PROMOVE OFICINA DE COMUNICAÇÃO
COMUNITÁRIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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A iniciativa
tem por objetivo formar pessoas da comunidade para
difundir informações sobre biodiversidade
e conservação do meio ambiente
16/09/2005 - Só
conservamos o que conhecemos. Inspirados por essa
constatação, o IBAMA-Itaituba e a
Conservação Internacional (CI-Brasil)
estão organizando Oficinas de Comunicação
e Educação Ambiental para a população
de Itaituba. A primeira, aconteceu entre 5 e 7 de
maio e capacitou mais de 40 professores do município
a ensinar biodiversidade e as riquezas naturais
do Parque Nacional (PARNA) da Amazônia. Agora
é a vez de formar outros comunitários
em comunicação. A Oficina acontece
na Escola de Trabalho e Produção de
Itaituba (PA), de 20 a 22 de setembro.
"A Oficina atende
a demanda da comunidade itaitubense, definida em
novembro do ano passado em um evento de planejamento
participativo, que resultou na construção
do Plano de Comunicação e Educação
Ambiental para o Parque Nacional da Amazônia,"
explica Poliana de Almeida Francis, chefe do Parque.
Os participantes selecionados formam um grupo multidisciplinar,
com diversas formações e atuações
profissionais: professores, estudantes, agricultores,
repórteres, radialistas, militares, administradores,
dentre outros. O elo comum é o interesse
pelo PARNA e o desejo de disseminar informações
ambientais na região.
Durante os três
dias da Oficina, os participantes do município
de Itaituba e Miritituba vão discutir e produzir
vários instrumentos de comunicação
ambiental. A agenda prevê temas como campanhas
de informação, comunicação
gráfica, redação de notícias
ambientais e radiojornalismo. Na tarde de terça-feira,
dia 20, representantes da ONG Sapopema (Sociedade
para a Pesquisa e Proteção ao Meio
Ambiente) - que vêm realizando expedições
científicas no Parque - junto com funcionários
do IBAMA vão apresentar o Sistema de Unidades
de Conservação brasileiro, discutir
as diferenças entre áreas de proteção
integral e áreas de uso sustentável
e falar das melhorias que estão sendo realizadas
no Parque para receber a comunidade e ecoturistas.
"O objetivo
desta Oficina é demonstrar o potencial das
ferramentas de comunicação para a
transmissão de mensagens de conservação.
Nossa expectativa é que, ao final da atividade,
tenhamos produtos de comunicação concretos,
que despertem o interesse da comunidade local e
que permitam uma continuidade no trabalho",
diz Isabela Santos, coordenadora de Comunicação
da CI-Brasil e uma das facilitadoras da Oficina.
Mais de 100 candidatos
inscreveram-se na Oficina através de fichas
distribuídas entre os moradores de municípios
da região. O processo de seleção
foi realizado a partir de critérios como
motivação para divulgar a conservação
ambiental, engajamento comunitário, e expectativas
do participante. "Procuramos dar prioridade
a pessoas muito motivadas que tiveram poucas chances
de capacitação," informa Santos.
Ela menciona o comentário de Talita Torres,
uma das selecionadas para participar da Oficina:
"Minhas expectativas são grandes. Pretendo
melhorar a qualidade das informações
que veiculo em meu programa de rádio semanal
e principalmente o que escrevo sobre o Parque e
a importância de preservá-lo para as
gerações futuras".
Plano de Comunicação
e Educação - "As Oficinas de
Capacitação somadas à aquisição
de equipamentos e à melhoria da infra-estrutura
do Parque são atividades que trazem efetiva
melhoria para a qualidade de vida da comunidade
local. Além de gerarem potencial de renda
- com o ecoturismo e atividades sustentáveis
- permitem um crescimento pessoal àqueles
que buscam novos conhecimentos sobre a natureza
e querem aprender técnicas de pesquisa, supervisão,
ensino ou comunicação", afirma
José Maria Cardoso, Vice Presidente de Ciência
da CI-Brasil. Outras oficinas sobre geoprocessamento,
sistemas agroflorestais e agroindústria estão
previstas para os próximos meses.
O Parque - Criado
em 1974, o Parque Nacional da Amazônia cobre
994 mil hectares e situa-se próximo à
confluência das rodovias BR-163 (Santarém-Cuiabá)
e Transamazônica. É caracterizado por
abrigar diversos tipos de vegetação
e é considerado um dos lugares mais interessantes
para observação de aves. Mais de 400
espécies foram listadas na região
desde 1906 e acredita-se que muitas ainda serão
registradas. Entre as mais comuns estão a
ararajuba, o papagaio, a arara, o tucano, o periquito,
a garça-real e a garça-branca-grande.
Expedições
científicas realizadas pela Sapopema em parceria
com o IBAMA e a Conservação Internacional
já descobriram novas espécies para
a ciência: quatro de mamíferos, três
de anfíbios e uma de anfisbenídeo,
um réptil de vida subterrânea e que
é mais conhecido como cobra-de-duas-cabeças.
Apesar de ser o primeiro Parque Nacional criado
na Amazônia, ele ainda é pouco conhecido.
As Oficinas de Capacitação em Comunicação
e Educação Ambiental são uma
resposta ao desafio de apresentar o Parque Nacional
da Amazônia aos moradores da região,
à sociedade brasileira e aos apaixonados
por natureza em todo o mundo.
Fonte: Conservation International
Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa