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IRMÃO DE DOROTHY
STANG VEM AO BRASIL PARA PARTICIPAR DE REUNIÃO
COM JUSTIÇA DO PARÁ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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22/09/2005 – O irmão
da missionária Dorothy Stang, David, está
no Brasil e participou hoje (22) de uma reunião
com o Ministério Público Federal em
Belém, acompanhado do cônsul especial
de Washington, Jeffrey T. Hsu, do consultor do caso
em Washington Blake Rushforth e do advogado Brent
N. Rushforth. A freira norte-americana naturalizada
brasileira foi assassinada no dia 12 de fevereiro
deste ano em Anapu, no Pará.
"Eles vêm
cobrar todas as medidas necessárias inclusive
o que foi manifestado naquela carta divulgada recentemente
e vão entregar também uma segunda
carta ao presidente do Tribunal de Justiça
do Pará, desembargador Milton Nobre, que
pontua reivindicações na área
jurídica de desenvolvimento do processo",
afirmou o advogado José Batista Afonso, da
Comissão Pastoral da Terra (CPT), que também
acompanha a reunião.
A família
Stang acompanha a apuração do crime
e as ações adotadas pelo governo e
pela Justiça em relação ao
caso. Em agosto a família enviou uma carta
ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Logo após a morte de nossa irmã,
o senhor prometeu ao mundo enfrentar a impunidade
no Pará. Ao mesmo tempo em que nos sentimos
reconfortados ao ouvir seu compromisso de castigar
os assassinos de nossa irmã e destinar terras
aos sem-terra e às áreas de conservação,
temos visto muito poucas ações concretas",
diz um trecho da carta.
Segundo José
Batista, na reunião as entidades pretendem
pressionar o Tribunal de Justiça do Pará
a julgar favoravelmente o pedido de transferência
do processo da comarca de Pacajá (PA) para
a capital Belém. Eles também pedem
que não haja júri em separado para
pistoleiros e mandantes do crime, e que todos os
envolvidos sentem juntos no banco dos réus.
Cinco acusados de
envolvimento no assassinato de Dorothy Stang estão
presos em Belém. São eles os dois
pistoleiros, Rayfran das Neves, que disparou os
tiros, e Clodoaldo Batista (Eduardo), que acompanhava
Rayfran no momento do crime; o intermediário
Amair Feijoli da Cunha (Tato) e os dois fazendeiros
acusados de serem os mandantes do crime, Vitalmiro
Bastos de Moura (Bida) e Regivaldo Pereira Galvão.
Os fazendeiros já entraram com pedido de
habeas corpus na Justiça paraense e no Superior
Tribunal de Justiça (STJ) para responderem
o processo em liberdade, mas os dois tribunais negaram
os pedidos.
No dia 8 de junho,
o STJ negou por unanimidade o pedido do Procurador-Geral
da República, Cláudio Fontelles, de
transferir para o âmbito federal o processo
referente ao assassinato da missionária americana.
Dorothy Stang trabalhava há mais de 30 anos
junto às pequenas comunidades do Pará
pelo direito à terra e à exploração
sustentável da Amazônia.
Comitiva norte-americana
acompanha em Belém processo sobre assassinato
de Dorothy Stang
23/09/2005 - Os membros da comitiva norte-americana
que chegaram ontem (22) ao Brasil para acompanhar
o andamento do processo sobre o assassinato da irmã
Dorothy Stang reúnem-se hoje com representantes
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), Comissão Pastoral da Terra e de
pastorais ligadas à Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro ocorre às
11 horas, na sede regional do Ibama, em Belém.
No início
da tarde, a delegação segue para o
Tribunal de Justiça do Pará onde,
às 13 horas, discute com o presidente do
tribunal, desembargador Milton Nobre, e com o juiz
responsável pelo processo, Lucas do Carmo,
o que vem sendo feito para o julgamento dos assassinos
da missionária. Às 15h30, os integrantes
da comitiva tratarão do mesmo assunto em
uma reunião com os promotores do Ministério
Público Estadual Lauro de Freitas Júnior
e Sávio Brabo. A missionária norte-americana
Dorothy Stang foi assassinada no município
de Anapu (PA), em 12 de fevereiro de 2005.
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Irene Lôbo