Somente
no Mato Grosso possui 54 silos, com capacidade de
armazenamento que passa dos 2 milhões de
toneladas. O Mato Grosso foi o Estado campeão
de desmatamento em 2003/2004, responsável,
sozinho, por 48% do total destruído na Amazônia
Legal. A empresa também foi alvo de denúncias
de ONGs pela adoção de práticas
altamente destrutivas no Piauí, retirando
madeira nativa para uso nos seus fornos e depois
plantando soja na área desmatada.
Neste ano, o Greenpeace se empenhou
em divulgar para os consumidores brasileiros,
com a campanha ENCHA O SAC DA BUNGE, que a empresa
não tem uma política clara sobre
os transgênicos e que não controla
a origem da soja que entra em suas fábricas
destinadas à produção para
o mercado nacional. Assim, pode estar usando soja
transgênica e descumprindo a legislação
nacional para rotulagem de produtos que contenham
ingredientes geneticamente modificados.
Durante a campanha, a organização
passou por sete cidades, entre elas Belo Horizonte,
Salvador, Manaus, Brasília e Rio de Janeiro.
Foram distribuídos 6 mil Guias do Consumidor
e mais de 4,5 mil pessoas participaram de um abaixo-assinado,
deixando seus nomes em pratinhos onde se lia a
mensagem “Bunge não use transgênicos”.
Mais de 6 mil pessoas participaram também
do abaixo-assinado virtual realizado no site do
Greenpeace, pedindo à Bunge que garanta
uma produção livre de transgênicos.
O objetivo da campanha foi estimular
o consumidor a questionar a Bunge pela adoção
de duplo padrão, com a certificação
de produtos não-transgênicos destinados
à exportação e a falta de
informação sobre a origem da matéria-prima
utilizada na fabricação de produtos
destinados ao consumidor brasileiro.
O Greenpeace exige que a Bunge
respeite o consumidor brasileiro, cumpra a lei
e que adote uma política ambiental sustentável
para suas atividades, preservando a biodiversidade
e os ecossistemas brasileiros.