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PROJETO DE FLORESTAS É
VOTADO NA CCJ DO SENADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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04/10/2005 - A expectativa
da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, é
de que o Projeto de Lei sobre Gestão de Florestas
Públicas (PLC 62/2005) seja aprovado nesta
quarta-feira (5) na Comissão de Constituição
e Justiça do Senado (CCJ). O assunto foi
discutido hoje (foto) durante reunião entre
parlamentares de várias bancadas, no gabinete
do líder do governo no Senado, Aloízio
Mercadante. A votação do texto seria
na última quarta (28.09), mas acabou adiada
por um acordo de lideranças.
Segundo a ministra, o governo está buscando
meios para aprovar o projeto no Senado sem alterações,
evitando o retorno do texto à Câmara
dos Deputados. "Alguns ajustes poderiam ser
feitos na regulamentação ou com outro
projeto de lei", disse.
De autoria do Executivo, o projeto já foi
aprovado na Câmara e nas Comissões
de Assuntos Econômicos e de Meio Ambiente
do Senado. O projeto trata da Gestão de Florestas
Públicas para Produção Sustentável,
institui o Serviço Florestal Brasileiro e
cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
Essas medidas auxiliarão no combate ao desmatamento
ilegal e à grilagem de terras na Amazônia.
Entre as alterações propostas pelos
senadores ao projeto, estão a ampliação
do conselho do Serviço Florestal para sete
ministérios, com seu diretor indicado pelo
Executivo e sabatinado pelo Senado, como ocorre
com as lideranças das agência reguladoras.
A aprovação do Congresso para concessões
acima de 2,5 mil hectares, também sugerida,
mas já prevista na Constituição
Federal, será avaliada durante a tramitação
do projeto.
Para o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR), o
texto ainda precisa de ajustes, pois prevê
a possibilidade da concessão de florestas
em áreas de fronteiras, "estratégicas
para a soberania e defesa nacionais". "Essas
brechas podem trazer prejuízos para o País",
disse. Conforme Cavalcanti, relator do projeto na
CCJ, não há possibilidade de acordo
entre as lideranças para aprovação
do texto na comissão. "Vamos para o
voto", disse.
Segundo o governador Jorge Viana, do Acre, o PL
de Florestas Públicas levará um modelo
de desenvolvimento econômico para a Amazônia
vinculado à manutenção da floresta
viva e da terra pública."Será
um contraponto à destruição
do patrimônio brasileiro", disse. Viana
pediu rapides na aprovação do projeto,
que considerou um dos mais ousados e importantes
para a proteção da Amazônia
e das populações que lá vivem.
"Podemos evitar que, ano que vem, apenas voltemos
a contar o quanto de floresta foi destruída,
queimada", disse.
Mata Atlântica - O relator do Projeto de Lei
da Mata Atlântica na CCJ, senador César
Borges (PFL/BA), teria se comprometido a colocar
o texto na pauta da comissão. A volta da
tramitação do texto dependeria, ainda,
de um acerto com o PMDB.
O projeto, de 1992, foi aprovado pela Câmara
dos Deputados em dezembro de 2003, e desde então
está parado no Senado.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)