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SÃO FRANCISCO: “NUNCA
PRETENDEMOS SER OS DONOS DA VERDADE”, DIZ
CIRO SOBRE TRANSPOSIÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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06/10/2005 - O ministro
da Integração Nacional, Ciro Gomes,
apresentou detalhes do projeto de integração
da bacia do Rio São Francisco e tirou dúvidas
dos parlamentares durante reunião hoje (6)
com a bancada de deputados do PT no Congresso Nacional.
Na saída,
o ministro disse que preferia não comentar
de forma específica o fim da greve de fome
do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio.
O religioso se diz contrário ao projeto.
"Nunca pretendemos ser donos da verdade. Qualquer
brasileiro de boa fé que deseje fazer uma
crítica, que deseje ponderar um aspecto defeituoso
ou que deseje sugerir um aperfeiçoamento
do projeto é muito bem-vindo", resumiu
Ciro Gomes.
O líder do
PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana
(RS), considerou a decisão do bispo de encerrar
a greve de fome um "excelente desfecho para
o país". Para ele, foi uma demonstração
da capacidade de diálogo do governo e da
sensibilidade de dom Cappio. "O projeto pode
até precisar de aperfeiçoamento, mas
na essência ele é estratégico
para o país. Vai beneficiar 12 milhões
de pessoas no semi-árido, sem prejudicar
nenhum brasileiro", avaliou Fontana.
As explicações
de Ciro Gomes no encontro de hoje, acrescentou,
atenderam às expectativas da bancada, que
agora estaria mais consciente da necessidade da
integração do rio a outras bacias
do Nordeste: "As resistências são
normais e saudáveis em um processo como esse.
Mas o apoio ao projeto é crescente nas bancadas
e na sociedade brasileira. A questão das
liminares faz parte da democracia".
Sobre as críticas
feitas à falta de esforço do governo
em promover a revitalização do rio
São Francisco, o deputado lembrou que no
último ano do governo Fernando Henrique Cardoso
foram investidos apenas R$ 2 milhões em projetos
de recuperação do rio, que passa por
Minas Gerias, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas
e Distrito Federal. No atual governo, a revitalização
teria recebido uma média de R$ 100 milhões
por ano.
Esse valor, de acordo
com o líder do PT, deve aumentar em até
três vezes a partir da aprovação
de um fundo de revitalização permanente.
Fontana prometeu trabalhar para colocar, em no máximo
dez dias, a Proposta de Emenda Constitucional que
cria o fundo na pauta de votações
da Câmara.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Juliana Nunes