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BANCO MUNDIAL ELOGIA PROJETO
SÃO FRANCISCO E AFIRMA QUE VOLUME
DE ÁGUA CAPTADO É INSIGNIFICANTE,
DIZ MIN
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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14/10/2005 - Um
relatório do Banco Mundial, publicado nesta
semana, revela que a vazão a ser captada
pelo Projeto de Integração da Bacia
do São Francisco às Bacias do Nordeste
Setentrional "é insignificante em comparação
à disponibilidade hídrica do rio"
e confirma que "parte dos bombeamentos das
águas ocorrerá em períodos
de excedente hídrico, conforme as simulações
da operação do sistema".
O relatório
acentua que o Projeto São Francisco "apresenta
méritos inegáveis, principalmente
quando considerados na escala temporal de longo
prazo" e revela, ainda, que ele "foi analisado
por equipes nacionais e internacionais, como o US
Bureau of Reclamation, não havendo questionamentos
ao projeto de engenharia no que diz respeito ao
seu arcabouço físico e ao dimensionamento
dos seus equipamentos, canais e outras estruturas".
Os técnicos
do Banco Mundial responsáveis pela elaboração
do relatório, intitulado "A Questão
Hídrica do Nordeste e Oportunidades de Transferência
de Água", levantam, contudo, algumas
dúvidas sobre a viabilidade do empreendimento,
cujo objetivo é o de oferecer segurança
hídrica a uma população estimada,
para o ano de 2025, em 12 milhões de habitantes
das pequenas, médias e grandes cidades daquela
região. Uma das dúvidas refere-se
ao custo da água que será cobrado.
Elaborado antes da
conclusão dos estudos feitos pela Agência
Nacional de Águas (ANA) para a concessão
da outorga definitiva de uso da água e para
e da emissão do Certificado de Sustentabilidade
Hídrica do projeto, o relatório do
Banco Mundial omite a recente adesão dos
governadores dos estados de Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará ao Pacto pela
Sustentabilidade Operacional do projeto.
O Coordenador Geral
do Projeto São Francisco, Pedro Brito, disse
nesta sexta-feira (14/10) que o Pacto de Sustentabilidade
prevê o pagamento pelo uso da água
bruta garantida a um custo infinitamente inferior
ao cobrado nos tempos de escassez. "Nas épocas
de seca, o preço da água, no semi-árido,
chega até R$ 5 por metro cúbico; o
custo da água do Projeto São Francisco
será de, apenas, R$ 0,13 (treze centavos).
Os custos de operação e manutenção
do projeto foram minuciosamente identificados e
calculados, assim como os critérios de rateio
dos mesmos, que foram pactuados pelos governos dos
estados receptores", explicou Brito.
O coordenador-geral
do projeto voltou a explicar que, no balanço
hídrico reavaliado pela ANA, com base inclusive
nos planos de recursos hídricos dos Estados
de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte
e Ceará, está evidenciada a existência
de um déficit hídrico no curto prazo
nas regiões do Eixo Norte e do Eixo Leste:
"A região pela qual passará o
Eixo Norte tem, atualmente, uma demanda de cerca
de 60 m3/s para uma oferta de 70 m3/s, mas em 2010
a previsão de demanda já é
estimada em 95 m3/s; a área a ser beneficiada
pelo Eixo Leste tem, hoje, uma demanda de cerca
de 11 m3/s para uma oferta de cerca de 12 m3/s",
informou Pedro Brito.
Ele lembra que o
projeto de integração de bacias prevê
um crescimento relativamente conservador de suas
demandas (de 72 m3/s em 2005 para 152 m3/s em 2025),
se comparado à previsão de crescimento
das demandas da Bacia do São Francisco no
seu Plano Decenal (de 91 m3/s em 2005 para 262 m3/s
em 2025).
De acordo com o relatório
do Banco Mundial, os impactos ambientaios na bacia
doadora "estão bem definidos e são
relativamente pequenos e gerenciáveis"
com um eficiente programa de mitigação
e de gestão ambiental. "Com relação
às bacias receptoras, a concepção
e seleção de alternativas de traçado
dos respectivos eixos considerou adequados critérios
ambientais evitando e minimizando impactos sobre
unidades de conservação, terras indígenas,
patrimônio cultural etc. Os impactos negativos
identificados referem-se principalmente aos impactos
diretos da implantação e operação
do PISF (Projeto São Francisco) e são,
em geral, mitigáveis e/ou compensáveis
por medidas adequadas".
Fonte: Ministério da Integração
Nacional (www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa