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GOVERNO QUER AGILIZAR A
DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
AMBIENTAL
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Outubro de 2005
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14/10/2005 – O governo
do Estado quer agilizar o processo de descentralização
da gestão ambiental, incentivando os municípios
a se capacitarem para fazerem o licenciamento e
controle ambiental de empreendimentos locais. Desta
forma, raciocina o secretário de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, José Elias Moreira,
ganha o cidadão, que tem resposta mais rápida
ao pedido que pleiteia, e ainda alivia o fluxo de
trabalho na Sema, onde de janeiro a agosto deram
entrada nada menos que 2.256 projetos.
Hoje pela manhã
o secretário conversou em seu gabinete a
esse respeito com os membros da Comissão
Tripartite: o diretor-presidente do Ibama (Instituto
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis),
Nereu Fontes, representando a União; o secretário
municipal de Meio Ambiente, Frederico Freitas, pelos
municípios, e os técnicos do Imap
(Instituto de Meio Ambiente Pantanal) Francisca
Fernandes de Albuquerque e Daniel Baeta de Assis,
pelo Estado.
Programa de capacitação
realizado pelo Imap prestou todas as orientações
técnicas às prefeituras dos 12 municípios
com mais de 20 mil habitantes do Estado, e também
a Bonito e São Gabriel do Oeste, por peculiaridades
que tornam necessária a descentralização
da gestão ambiental. Destes, apenas três
já assinaram convênio com a Sema e
estão autorizados a fazer o licenciamento
de uma série de empreendimentos: Campo Grande,
desde 2002; Dourados e Corumbá, a partir
de 2003.
“Naviraí e
Amambai cumpriram todas as formalidades e estão
em vias de assinar os convênios”, informou
Francisca de Albuquerque. Para gerir o meio ambiente
o município precisa formar uma equipe técnica
qualificada, definir uma política ambiental
embasada nas diretrizes nacionais e estaduais, eleger
os conselhos municipais e instituir um órgão
responsável com estrutura para fazer o licenciamento.
Daniel Baeta cita
como exemplo uma pequena fábrica de estofados,
que segundo ele pode perfeitamente ser licenciada
pelo município. Não gera efluentes,
só resíduos sólidos, tem baixíssimo
impacto ambiental. “Hoje, o empreendedor precisa
se deslocar lá de sua cidade, a centenas
de quilômetros, para protocolar um projeto
no Imap. Depois o técnico sai de Campo Grande
até o local fazer as análises necessárias.
Gera custo para o Estado e atrasa o funcionamento
do empreendimento. Se o licenciamento fosse feito
pela própria prefeitura seria mais rápido
e barato”, analisa.
Após assinados
os convênios com os municípios de 20
mil habitantes acima, a Sema vai desenvolver um
programa de capacitação com os demais.
“Estamos convencidos que todos podem se estruturar
e fazer a gestão ambiental”, acredita Francisca
Albuquerque. O secretário José Elias
Moreira salienta, entretanto, que projetos mais
complexos, de maior impacto, continuarão
sob responsabilidade do Estado.
Fonte: Secretaria Estadual de Meio
Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)