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MINISTÉRIO DISCUTE
IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 21
EM EVENTO SOBRE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005
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15/10/2005 – Para
explorar as riquezas do planeta sem prejudicar o
meio ambiente é preciso que os países
pensem em uma nova maneira de desenvolvimento. avalia
o assessor especial do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Pedro Ivo Batista. Ele diz que esse
objetivo tem possibilidades de ser alcançado
com a participação da população,
que pode fortalecer e integrar as diversas iniciativas
voltadas para a economia local e solidária
feitas de maneira sustentável.
Esta semana, técnicos
do MMA participaram de um dos debates na 4ª
edição da Expo Brasil de Desenvolvimento
Social, que termina hoje em Fortaleza. O assunto
principal foi a Agenda 21.
Segundo Pedro Ivo,
a agenda é um plano estratégico para
alcançar o desenvolvimento sustentável
do país ao longo deste século. Ele
conta que existem várias escalas de abrangência
da Agenda. A Agenda 21 Global, o nível mais
alto, foi aprovada na Eco-92, no Rio de Janeiro.
Ainda há as
agendas nacionais, como a agenda brasileira, e as
locais, que já estão em desenvolvimento
em várias cidades como Belém, Vitória
e Rio de Janeiro. "Nós estamos intensificando
e incentivando a construção das agendas
21 locais. De acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil
já tem mais de 1.600 processos de agenda
21 local. Neste estágio da agenda, vários
municípios, comunidades e territórios
podem adotá-la como um instrumento de planejamento
para o desenvolvimento sustentável"
disse.
Para incentivar o
desenvolvimento local do projeto, o MMA tem um programa
com ação de formação
e de apoio para que os municípios brasileiros
possam adotar a política sustentável.
De acordo com Pedro, discutir o assunto com a comunidade
é importante para que as pessoas conheçam
o assunto e possam participar.
"A presença
das comunidades nos debates e também na execução
é vital para que esses projetos sejam bem
sucedidos e para que estes projetos sejam instrumentos
de educação ambiental e educação
popular porque trata-se de caminhar conjuntamente
com as comunidades para fazê-las avançarem
em uma pauta de desenvolvimento sustentável
como protagonistas desse novo modelo" enfatiza.
Ele disse, ainda,
que o projeto da Agenda 21 não se trata apenas
de um instrumento do governo, mas sim um instrumento
de democracia participativa. "Com a presença
da sociedade decidindo o seu destino é que
queremos alcançar a sustentabilidade tão
sonhada. O desenvolvimento local sustentável
é o casamento perfeito com a Agenda 21 porque
o produto da agenda é chegar ao desenvolvimento
local sustentável" explica.
A Agenda 21 contém
40 capítulos e foi construída por
governos e instituições da sociedade
civil de 179 países, durante dois anos. A
sua criação deu origem à Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de
Janeiro, em 1992, também conhecida por Eco-
92.
Com a Agenda 21,
a comunidade internacional assume compromissos com
a mudança no desenvolvimento dos países.
"Diagnosticamos que o desenvolvimento atual
não tem condições de continuar
porque ele está prejudicando o planeta e,
no caso do Brasil, está criando muitos problemas
para a nossa natureza e para a sociedade",
finalizou Pedro Ivo.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Michèlle Canes