Panorama
 
 
 
 

ESCOLA INDÍGENA DO ALTO RIO NEGRO INICIA COLETA SELETIVA DE PILHAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2005

23/11/2005 - Em dois meses de trabalho a mobilização dos estudantes da instituição de ensino resultou na coleta de cerca de 80 quilos do produto que, por conter metais pesados, contamina seriamente o solo e a água se não for descartado de forma correta.

A Escola Indígena Baniwa e Coripaco (EIBC-Pamáali), localizada no rio Içana, no Alto Rio Negro, no noroeste amazônico, é o palco de um trabalho pioneiro desenvolvido por seus alunos e professores. Desde setembro passado, os estudantes têm feito coleta seletiva das pilhas utilizadas em aparelhos como lanternas e rádios. Nestes dois meses de trabalho, cerca de 80 quilos de pilhas foram recolhidos. As pilhas são armazenadas em tubos de PVC que, após serem lacrados, são enviados para o aterro sanitário da cidade de São Gabriel da Cachoeira, município onde a escola está localizada.

A mobilização dos estudantes começou ainda em 2004, quando a escola formulou um plano de gestão ambiental para a região. À época, o centro de ensino experimentava um aumento expressivo do número de alunos. A primeira turma, em 2000, tinha 35 jovens. Hoje, são 82 alunos organizados em 3 turmas. A área é frequentada também pelos professores, monitores e assessores.

O aumento de pessoas impôs à comunidade escolar o desafio de tratar de forma correta o lixo gerados no local. Por isso este ano a coordenação da escola deu seqüência ao processo de educação ambiental por meio da realização de palestras e confecção de cartazes informativos. Neste trabalho os alunos perceberam a importância da separação do lixo, as formas de coleta e de depósito dos resíduos.

O estudante João Florentino da Silva, 19 anos, diz que antes do assunto ser discutido de forma aprofudanda era comum que vidro, plástico, lata e papel fossem despejados juntos nos aterros que existem próximos à escola. “Agora sabemos que é preciso coletar o lixo, separá-lo e afastá-lo do meio comunitário, pois a chuva lava o solo onde está o lixo, levando a água suja para os igarapés, contaminando a fonte de água potável das comunidades e trazendo como conseqüências muitas doenças graves”, ensina. O estudante, que é da comunidade Tucumã, no Médio Içana, conta que, a partir do ano que vem, os alunos e professores devem implementar o sistema também em suas comunidades.

Os membros da escola indígena identificaram o descarte das pilhas usadas como um dos mais sérios problemas locais. Aprenderam que as pilhas são objetos cujo tempo de degradação varia de 100 a 500 anos e contêm metais pesados como níquel, chumbo, mercúrio e cádmio que, em contato com o ambiente, podem contaminar de forma grave tanto o solo como a água. Estas substâncias também provocam uma doença incurável chamada “Mal de Minamata”, que ataca o cérebro, os rins, os pulmões, ocasionando a morte ou a demência e pode levar até 10 anos para se manifestar.

Cultura e língua valorizadas

A Escola Indígena Baniwa e Coripaco (EIBC-Pamáali) é freqüentada por alunos do 3º e 4º ciclos, todos das etnias Baniwa e Coripaco, do rio Içana e seus afluentes. Os alunos permanecem no local 6 meses durante todo ano. Seu principal objetivo é valorizar a língua e a cultura Baniwa, por meio de pesquisas e de uma nova proposta pedagógica, organizada pelos próprios descendentes Baniwa e Coripaco, onde aspectos sócio-culturais e econômicos diferenciados são reconhecidos e discutidos.

A escola é fruto de uma parceria entre a Oibi (Organização Indígena da Bacia do Içana), a Acep (Associação do Conselho da Escola Pamáali), a Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), a Prefeitura Municipal de São Gabriel da Cachoeira (AM) e o Instituto Socioambiental.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.