24/11/2005 - A água
vista como um bem cultural e sob outras dimensões,
como a ética, está na pauta
de hoje do Fórum Internacional Diálogos
da Bacia do Prata, que reúne cerca
de 1.300 pessoas para discutir alternativas
de gestão das águas da Bacia
do Prata. O evento termina amanhã (25).
Os cinco países que
se abastecem das águas do Prata - Brasil,
Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai
- realizam uma reunião preparatória
para o 4º Fórum Mundial da Água,
prevista para março do ano que vem,
na Cidade do México.
Segundo o coordenador do
encontro no México, César Herrera,
as discussões vão se concentrar
em quatro problemas, que ele considera dos
mais sérios para o meio ambiente: investimentos
necessários para que a água
possa garantir o crescimento e o desenvolvimento
dos países; água e saneamento
para todos; água para alimentação
e meio ambiente e manejo dos riscos, que inclui
catástrofes naturais.
Na opinião de Herrera,
o índice de saneamento deve aumentar
em 50% até 2015, como ficou definido
no terceiro fórum, realizado em Tóquio.
Ele disse que a idéia não é
fazer um fórum técnico, mas
discussões que possam realmente definir
formas para fazer as coisas acontecerem. A
troca de experiências entre os participantes
pretende disseminar histórias de sucesso
em todo o mundo.
Agora à tarde, os
participantes do fórum discutem os
aqüíferos da Bacia do Prata. Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai se uniram, em
setembro de 2003, para desenvolver um plano
de proteção ambiental do Aqüífero
Guarani, considerado a principal reserva de
água doce da América do Sul
e um dos maiores do mundo. O aqüífero
abrange áreas onde vivem 15 milhões
de pessoas. Sua extensão é de
aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros
quadrados, sendo 840 mil no Brasil (71% do
total), 225,5 mil na Argentina (19%), 71,7
mil no Paraguai (6%) e 58,5 mil no Uruguai
(4%).
A porção brasileira
integra o território de oito Estados:
Mato Grosso do Sul (213,2 mil quilômetros),
Rio Grande do Sul (157,6 mil), São
Paulo (155,8 mil), Paraná (131,3 mil),
Goiás (55 mil), Minas Gerais (51,3
mil), Santa Catarina (49,2 mil) e Mato Grosso
(26,4 mil).