13/01/2006
- Até 1998, era o Instituto de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), responsável por todo o monitoramento
ambiental no Acre. Em 1999, o Imac através
da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), assumiu
a liberação e fiscalização
dos desmastes de até 3 hectares.
Antes a palavra do homem
era a única certeza de que funcioná-rios
do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC)
tinham diante dos pedidos para desmatamento,
em que só podiam checar a veracidade
dos dados com trabalho de campo.
Hoje, a realidade é
outra, e aumenta as chances de maior proteção
da floresta acreana através da estrutura
instalada em Rio Branco. Mais a intenção
é ainda maior e ousada, em levar a
partir da segunda quinzena de janeiro esse
trabalho aos núcleos do instituto,
em todos os municípios em que estão
presentes, possibilitando que eles também
tenham suporte para atuar de tal maneira,
é o novo desafio.
Tendo a difícil tarefa
de detectar, principalmente, os desmates de
pequenas propriedades, os técnicos
do Imac começam a atuar de forma mais
intensa com o novo método. É
através das imagens de satélite
e do banco de dados informatizados, que eles
tem feito o controle ambiental no Vale do
alto e baixo Acre.
Isso não quer dizer
que os pequenos desmates ilegais acabaram,
pois são exatamente esses, em áreas
de em torno de 3 hectares, que representam
em torno de 60% dos desmates nessa região.
Mas só o fato de poder conferir a informação
que o homem do campo está repassando
a instituição no momento que
pede licença para derrubar árvores
ou queimar com intenção de fazer
seu roçado, é uma vantagem que
possibilita resultados positivos.
Assumindo responsabilidades
Até 1998, era o Instituto
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), responsável por todo o monitoramento
ambiental no Acre. Em 1999, o Imac através
da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), assumiu
a liberação e fiscalização
dos desmastes de até 3 hectares.
Em 2003, o Imac foi mais
adiante e assumiu o controle de todo o desmatamento,
e em 2004, recebeu a responsabilidade de toda
a atividade florestal. Desde então,
o desafio passou a ser maior.
Um novo jeito de
monitorar
De acordo com as atribuições
que recebia, os profissionais do instituto
perceberam que era preciso muito mais que
trabalho de campo. E com o decorrer do tempo,
foram criando e estruturando o setor de geoprocessamento.
Com recursos do Projeto de Gestão Ambiental
Integrada (PGAI), através da Diretriz
1 – de Controle e Monitoramento de Desmatamento
e Queimadas associados à valorização
da floresta – coordenada por Ivo Sena, foi
possível comprar equipamentos de tecnologia
avançada para atuarem.
Hoje, as imagens de satélite
mostram as áreas de um pequeno produtor
e o histórico das propriedades. Existe
no escritório em Rio Branco, o registro
de 13 mil pequenas propriedades.
Desafios em 2006 - Esse
ano é maior o desafio dos técnicos
e demais profissionais, que somam cerca de
25 pessoas trabalhando diretamente no controle
ambiental, número ainda pequeno diante
das florestas acreana.
A meta agora é levar
o que existe em Rio Branco para os demais
municípios, descentralizando a atividade
e melhorando a atuação, principalmente,
no Vale do Juruá. Dessa forma, todos
os núcleos também poderão
ter acesso às imagens de satélite
e dados informatizados, tendo agilidade nas
atividades.
Eficiência
e respostas rápidas
Em uma região em
que todos os anos as queimadas são
rotinas, diante da cultura dos agricultores
que fazem isso para preparar seus roçados,
o desafio de quem trabalha no Imac é
grande, mas a intenção é
fazer um trabalho eficaz, que independe de
gestores, pois se trata de uma metodologia
que permanecerá, fortalecendo esse
novo método que se apresenta como um
avanço no controle das florestas no
Estado.
Ivo Sena diz que a desconcentração
das ações de controle nos interiores
é a meta da equipe, junto à
implementação de outros sistemas,
e tudo isso começa a partir desse mês.
E isso resultará também em uma
maior interação dos núcleos.
“Eficiência no controle e respostas
rápidas para a sociedade é nosso
objetivo com esse trabalho”, diz o coordenador.