01/02/2006
- A queda de parte de um gaiolão, no
último domingo (29), ameaçou
o projeto de reprodução de aves
aquáticas do Parque Zoobotânico
do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG),
em Belém (PA). O Museu Goeldi é
vinculado ao Ministério da Ciência
e Tecnologia.
O acidente foi provocado
pelas intensas chuvas que fragilizaram o madeirame
do gaiolão de aves brejeiras. Os técnicos
do parque se mobilizaram rapidamente para
retirar os animais adultos e filhotes. O local
estava servindo de espaço para reprodução
de guarás. Durante o resgate, foram
recuperados três ovos, que no momento
estão em chocadeiras na veterinária
do Parque. Mas alguns ovos de guará
quebraram na queda de parte da estrutura do
gaiolão. Nenhum animal morreu no acidente.
O viveiro de aves brejeiras
era uma estrutura secular de cerca de 300m²
que já havia passado por várias
reformas. Seu espaço interior, bastante
vegetado, abrigava 35 aves, entre guarás
(Eudocimus ruber), colhereiros (Ajaia ajaja),
garça branca pequena (Egretta thula),
saracura (Aramides cajanea), pavão-do-pará
(Eurypyga helias), taquiri (N. nycticorax)
e marreca cabocla (Dendrocygna autumnalis).
Nos planos imediatos do MPEG, o centenário
viveiro daria lugar para um refúgio
aberto e seus antigos e novos moradores passariam
a residir no novo ambiente que apresenta 100
m² a mais.
Novo ambiente
Situado no Parque Zoobotânico
do Museu Goeldi em frente ao antigo viveiro,
o novo ambiente de aves aquáticas é
maior, mais amplo e será mais confortável
e funcional, sendo propício para reprodução
e apresentando maior área de vôo.
A inauguração do novo ambiente,
todavia, só acontecerá nos próximos
três meses, quando serão finalizadas
as obras de construção e paisagismo.
Por enquanto, os visitantes do Parque não
terão acesso à área que
está vedada a circulação
com tapumes e cordas de isolamento.
Neste ano, em que celebra
a marca de 140 anos, o Museu Emílio
Goeldi promoverá várias reformas
e a construção de novos ambientes
com intuito de modernizar seu Parque, oferecendo
melhores condições para os visitantes
e animais. Estão em obras o novo ambiente
de aves aquáticas e o da ariranha,
mas, em breve, também se iniciam a
reforma do Aquário e a construção
do novo pavilhão de exposição
Eduardo Galvão. As mudanças
no Parque estão sendo patrocinadas
pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia e pela Companhia Vale do Rio Doce.