Panorama
 
 
 
 

O VALOR DO CONHECIMENTO TRADICIONAL

Panorama Ambiental
Rio Branco (AC) – Brasil
Fevereiro de 2006

09/02/2006 - Três projetos unidos em prol de grandes resultados que colocam em pauta a valorização, a preservação e a defesa do conhecimento tradicional realizarão um seminário e um workshop, de 15 a 19 deste mês, na segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul.

Os dois eventos são também um marco da integração dos três projetos: o Aldeias Vigilantes, o Projeto de Gestão Ambiental Integrada (PGAI) e o PPBIO, que viabiliza a Universidade da Floresta.

Na programação, o primeiro evento, o workshop de envolvimento das lideranças indígenas e locais colocará em discussão nos três primeiros dias, o tema: “Acesso ao recurso genético e conhecimentos tradicionais”.

No quarto dia, o seminário “Saber e Ciência: O Valor do conhecimento”, abordará assuntos como valorização do conhecimento tradicional e dos recursos da biodiversidade, convenção da diversidade biológica e outros.

Serão apresentados no quinto dia, os produtos resultantes do projeto Aldeias Vigilantes, que é a divulgação do site com sistema de informação para denúncias de biopirataria, um manual básico sobre proteção de conhecimento tradicional e um vídeo didático. Ambos produzidos pela Amazonlink.

Grandes resultados - Mas durante os dias de intensas atividades, os organizadores trabalham com a meta de apresentar cinco grandes resultados, a partir do seminário e do workshop. E esses, tornam-se os principais objetivos do evento.

Eugênio Pantoja, que faz parte da coordenação do evento, assinala a cartilha para as comunidades locais tradicionais; uma carta de princípios sobre o acesso e pesquisa em áreas de comunidades locais e indígenas; um protocolo de intenções para o desenvolvimento de uma farmacolpéia (uma espécie de inventário sobre as potencialid micas da biodiversidade da região), no Vale do Juruá.

Estão ainda inseridos nas metas, uma carta de intenção para a criação de uma articulação andina-amazônica de proteção do conhecimento tradicional, e a escolha de oito lideranças indígenas para representar as comunidades locais na COP-8, evento internacional que acontece em março desse ano, em Curitiba.

Quem participa - Os eventos terão convidados especiais, que contribuíram e continuam dando sua colaboração no trabalho realizado no Acre. Entre eles está Cristiane Derane, da Universidade de São Paulo (USP), a procuradora do Distrito Federal Juliana Santilli, o secretário do Departamento do Patrimônio Genético do Brasil, Eduardo Veles, a coordenadora do núcleo de Propriedade Natural, Eliane Moreira, Fernando Mathias do Instituto Socio-Ambiental (ISA).
O líder indígena Marcos Terena, também convidado do evento será o ponto focal para as discussões e participação indígena na internacional, COP-8.

Quem faz - Esse olhar ao conhecimento tradicional que ganha espaço no Vale do Juruá tem como realizadores a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), através do PGAI, a AMazonlink por meio do projeto Aldeias Vigilantes, a Universidade da Floresta através do PPBIO e Ministério da Ciência e Tecnologia e a Procuradoria Geral do Estado.

Mas o fruto não depende só deles, pois existem também os parceiros, que são: a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Florestal (Seater), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), S.O.S Amazônia, Organização dos Povos Indígenas (OPIN) e organizações indígenas de base.

Quem é quem - A frente desse grande trabalho está a integração dos três grandes projetos. Saiba mais sobre eles:

PGAI – desenvolvido pela Sema com apoio do SPRN/MMA e o banco alemão KFW, tendo como cooperação técnica a GTZ, objetiva a implementação de ações integradas de gestão ambiental para práticas de desenvolvimento sustentável.

Aldeias Vigilantes – idealizado e executado pela Amazonlink, com apoio do MMA e Ministério da Justiça, o projeto visa envolver comunidades indígenas nas discussões sobre proteção de conhecimento tradicional e acesso aos recursos genéticos.

Projeto PPBIO – Programa desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, vem apoiando as discussões sobre a criação da Universidade da Floresta, tendo como das principais ações a pesquisa em biodiversidade.

 
 

Fonte: SEIAM - Sistema Estadual de Informações Ambientais do Acre (www.seiam.ac.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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