10/02/2006
- A partir deste sábado (11), será
aberta ao público a Praia de Fora do
Parque Estadual de Itapuã. A medida
amplia a área de lazer e educação
ambiental disponível no Parque, que
já oferecia as praias das Pombas e
da Pedreira aos visitantes. Será a
única praia ao longo da Laguna dos
Patos aberta à visitação,
já que as outras duas praias acessíveis
ainda estão nos limites do Guaíba.
A Praia de Fora é
a maior das praias do Parque Estadual de Itapuã,
e só havia sido aberta experimentalmente
por um curto período em 2003. A partir
de sábado (11), 200 pessoas poderão
visitar, por dia, a faixa de 1 km delimitada
pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
A Praia possui, ao todo, 16 km de extensão,
e pelo Plano de Manejo do Parque de Itapuã,
poderá, com a adequada infra-estrutura,
receber até 700 visitantes por dia.
O limite dado pela direção do
Parque baseia-se na capacidade de uso das
obras já prontas. A Praia conta com
cerca de 30 churrasqueiras, banheiros com
fossas sépticas, e também com
o atendimento de dois salva-vidas e monitores
de educação ambiental.
Como fica a 6 km do pórtico
de entrada do Parque, os visitantes descerão
até a Paria de Fora em seus próprios
veículos, em sistema de comboio. A
partir das 9h, quando abre o Parque, serão
liberadas descidas de meia em meia hora, com
no máximo 15 carros de cada vez. A
partir do meio–dia, encerram-se as descidas
e são autorizados os retornos, pelo
mesmo sistema. O visitante que quiser conhecer
a praia deve, portanto, chegar pela manhã.
De acordo com o secretário
Mauro Sparta, a abertura da Praia de Fora
em condições de visitação
é uma prova de que as ações
pelo meio ambiente dão retorno. “A
área era uma das que mais sofreu com
a degradação ambiental no passado,
e foi sendo recuperada com a implementação
do Parque de Itapuã”, conta Sparta.
“Agora toda esta natureza poderá ser
conhecida e apreciada pela população”.
Sobre o Parque
O Parque Estadual de Itapuã, localizado
em Viamão, a 57 quilômetros de
Porto Alegre, é uma unidade de conservação
de proteção integral e guarda
a última amostra dos ambientes originais
da Região Metropolitana da capital
gaúcha. Além de receber o público,
a unidade de conservação tem
como objetivos a conservação
da biodiversidade, a pesquisa científica
e a educação ambiental.
São 5.566 hectares,
abrigando uma diversidade de paisagens e ecossistemas
compostos de morros, praias, dunas, lagoas
e banhados, com número significativo
de espécies raras e ameaçadas
de extinção. O Parque abriga
cerca de 40 espécies de répteis,
30 de anfíbios, 200 de aves e um bom
número de mamíferos, entre estes
a jaguatirica, o gato-maracajá, a lontra
e o bugio-ruivo. Esse último consta
da Lista das Espécies da Fauna Ameaçada
de Extinção do Rio Grande do
Sul e é o símbolo do Parque.
A área também é abrigo
para aves migratórias.
Os impactos ambientais produzidos pelo homem
nas últimas décadas com o desmatamento,
a caça, a extração do
granito rosa e a ocupação urbana
desordenada levaram à diminuição
do número de espécies animais
e vegetais. O Parque ficou fechado por mais
de dez anos para que a natureza pudesse se
recuperar e foi reaberto em abril de 2002.