23/02/2006
- O Governo do Estado vai investir US$ 15
milhões no Projeto de Ecoturismo na
Mata Atlântica, que a Secretaria do
Meio Ambiente do Estado está desenvolvendo
em cinco parques no Vale do Ribeira e um no
Litoral Norte. Com esse objetivo, o governador
Geraldo Alckmin e o presidente do Banco Interamericano
de Desenvolvimento - BID assinaram hoje (23/2),
em Washington, nos Estados Unidos, um empréstimo
no valor de US$ 9 milhões, que vão
se somar aos US$ 6 milhões da contrapartida
do Estado. Foram assinados, ainda, dois memorandos
para a concretização da segunda
etapa de um programa de recuperação
de estradas e de um projeto de fortalecimento
dos sistemas produtivos locais no estado de
São Paulo.
O secretário do Meio
Ambiente do Estado, professor José
Goldemberg, presente na solenidade de assinatura,
disse que os recursos permitirão promover
a conservação da Mata Atlântica
e incentivar o desenvolvimento socioeconômico,
explorando o potencial ecoturístico
das regiões em que se localizam os
parques estaduais Carlos Botelho, da Ilha
do Cardoso, Intervales, do Jacupiranga e Turístico
do Alto Ribeira, no Vale do Ribeira, e de
Ilhabela, no Litoral Norte.
Os seis parques, que concentram
os maiores remanescentes de Mata Atlântica
do país, somam uma área de 320
mil hectares, distribuídos em 13 municípios
no Vale do Ribeira e um no Litoral Norte.
Essas unidades de conservação
abrigam um conjunto significativo de atrativos
naturais como cachoeiras, cavernas, praias,
trilhas, mirantes e estradas-parque. Os recursos
serão investidos para melhorar as estruturas
de recepção, atrativos e serviços
de hospedagem e alimentação
para os ecoturistas.
O ecoturismo, que constitui
um segmento em expansão dentro do setor
do turismo, é uma atividade desenvolvida
em áreas naturais conservadas conciliando
a proteção do meio ambiente
e gerando benefícios sociais para as
comunidades locais. Nos parques beneficiados,
a Mata Atlântica é um dos principais
atrativos, por abrigar um dos mais ricos ecossistemas
em biodiversidade do planeta, reconhecido
pela UNESCO como Reserva da Biosfera e Sítio
do Patrimônio Natural da Humanidade.
Pela beleza de suas paisagens e diversidade
de atrativos, essas unidades de conservação
constituem espaços privilegiados para
o desenvolvimento do ecoturismo.
O projeto, a ser executado
pela Secretaria do Meio Ambiente nos próximos
quatro anos, prevê ações
para atrair e satisfazer um mercado diversificado
de visitantes, ao mesmo tempo em que protege
o patrimônio natural no longo prazo.
“Esses recursos serão fundamentais
para incentivar o desenvolvimento de uma das
regiões mais carentes do Estado de
São Paulo, onde se encontram as principais
unidades de conservação de Mata
Atlântica”, afirma o secretário
do Meio Ambiente do Estado, professor José
Goldemberg.
Estão previstas construções
e reformas de pousadas, restaurantes e centros
de visitantes, além de criar e expandir
atrativos como o arborismo, tirolesa, visitação
em cavernas e trilhas de longo percurso para
que o visitante tenha maior contato com as
riquezas da Mata Atlântica.
Haverá ainda ações
no entorno dos parques, tais como a capacitação
das comunidades locais para empreender novos
negócios em ecoturismo, bem como assistência
técnica aos micro e pequenos empresários
de região para melhoria dos seus produtos
e serviços, com responsabilidade social
e ambiental.