21/02/2006
- A certificação dos produtos
orgânicos brasileiros ainda encontra
dificuldades que o Ministério do Desenvolvimento
Agrário pretende sanar no curto prazo,
informou hoje (21) o secretário de
Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira,
que representou o ministro Miguel Rosseto
na Biofach 2006, encerrada domingo (19) na
Alemanha.
O ministério pretende
realizar, entre os meses de março e
abril, um encontro para discutir a certificação
participativa, em que as próprias entidades
poderiam fazer uma autocertificação,
com reconhecimento internacional. "Há
uma perspectiva de evoluir nessa direção
e de que a gente baixe os custos da certificação,
proporcionando àqueles produtores de
menor renda o acesso a esse processo",
afirmou o secretário.
Embora reconheça
que é uma meta distante transformar
os 4,5 milhões de propriedades da agricultura
familiar existentes hoje no Brasil em propriedades
voltadas à produção orgânica,
Humberto Oliveira revelou que a intenção
do governo é que essa conversão
seja realizada gradativamente.
"A orientação
do ministério é que a agroecologia
e a produção orgânica
devem ser modelos apropriados à agricultura
familiar. Ou seja, são os modelos de
produção indicados pelo ministério
para a agricultura familiar brasileira",
afirmou. O secretário admitiu, contudo,
que isso só deverá ser alcançado
no longo prazo. E ressaltou que a produção
orgânica é ideal não só
para a saúde do consumidor e dos produtores,
mas também para o meio ambiente. O
conceito agroecológico tem o cuidado
com essas três vertentes e, por isso,
está enquadrado no sistema de produção
sustentável, disse Oliveira.