21/02/2006 - O projeto Educação
e Conservação de Espécies
Aromáticas Nativas da Amazônia,
do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
– instituição vinculada ao Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT), é
um dos vencedores do Prêmio para Projetos
Educacionais – Modelos nos Jardins Botânicos
Brasileiros, “Educação para
a conservação de espécies
nativas”. Concedido pelo Botanical Gardens
Conservation International (BGCI), por meio
do programa Investing in Nature, a premiação
visa financiar os melhores projetos de jardins
botânicos brasileiros destinados à
conscientização pública
sobre conservação de plantas.
Fruto de uma parceria internacional
entre o BGCI, HSBC, Earthwatch e a ONG WWF,
o Investing in Nature incentiva a participação
dos jardins botânicos em educação
ambiental, conservação de plantas
e desenvolvimento sustentável. No Brasil,
o programa atua com o apoio da Rede Brasileira
de Jardins Botânicos e do Instituto
de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio
de Janeiro.
Cerca de trinta jardins
botânicos de todo País participaram
da seleção deste ano. As propostas
foram avaliadas a partir da relevância
da comunidade que freqüenta e utiliza
cada jardim botânico. Além do
Museu Goeldi, foram premiados o Jardim Botânico
Municipal de Bauru, com o projeto Pteridophyta:
educação e conservação,
e o Jardim Botânico de Recife, com o
projeto Fale em Jangada que é pau que
bóia”. Eles devem servir de modelo
para projetos similares em outras regiões
do Brasil e do exterior.
Projeto
Avaliado em R$ 65 mil, o projeto para educação
e conservação de espécies
aromáticas do MPEG deve ser implantado
ainda este ano já com os recursos da
premiação. Além de valorizar
as espécies vegetais nativas da Amazônia,
especialmente, as aromáticas utilizadas
na alimentação, perfumaria,
ornamentação e as medicinais,
o projeto vai oferecer treinamento em práticas
de jardinagem a professores e alunos de duas
escolas de Belém (PA): a Escola Estadual
Ulysses Guimarães e a Escola Bosque,
localizada na ilha do Outeiro. Cerca de 200
participantes se tornarão técnicos
em jardinagem e produzirão mudas de
plantas nativas aromáticas a serem
cultivadas em praças, escolas e jardins
botânicos da capital paraense.
Coordenado pela educadora
Helena Quadros, do Serviço de Educação
e Extensão Cultural do Museu Goeldi,
o projeto conta ainda com a participação
das pesquisadoras Raimunda Potiguara e Maria
de Nazaré Bastos, que ministrarão
as oficinas e palestras; da chefe do Parque
Zoobotânico do Museu Goeldi, Vera Bastos,
que coordenará uma unidade demonstrativa
de produção de mudas; e dos
engenheiros agrônomos Kleber Perotes
e Amir Sousa, que vão gerenciar a produção
de mudas e a elaboração de um
banco de dados sobre as espécies vegetais
introduzidas.