02/03/2006 - Entre janeiro
e dezembro de 2005, o Programa Anual de Plantio
registrou o reflorestamento de 553 mil hectares
no Brasil. Isso é 60% a mais do que
a média registrada entre janeiro a
dezembro de 2002. A expecativa do governo
é de que no mesmo período de
2006 sejam reflorestados 600 mil hectares.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva
disse nesta quarta-feira (02), em solenidade
no Palácio do Planalto, que a meta
do Brasil até 2007 é alcançar
15 milhões de hectares de florestas
manejadas
O estado campeão no plantio de florestas
foi Minas Gerais, onde há uma demanda
forte de carvão vegetal para alimentar,
principalmente, o setor de siderurgia. O estado
também apresentou um controle mais
efetivo sobre o desmatamento. Com isso, os
proprietários de áreas de florestas
destruídas foram obrigados a plantar
novas árvores.
Os estados da Bahia, Espírito Santo,
Mato Grosso do Sul e Amapá também
contribuíram significativamente na
área de plantio em 2005. Ainda foi
registrada a retomada das atividades florestais
em estados como Rio de Janeiro, Pará,
Tocantins, Goiás, Piauí, Pernambuco
e Mato Grosso. Estão situados entre
o Sul e o Sudeste 70% das áreas de
reflorestamento do país.
A grande mudança nesse período
foi o aumento do número de pequenos
e médios produtores na atividade do
reflorestamento. Estimulados por programas
de fomento, como o Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf) Florestal,
eles são responsáveis por aproximadamente
23% da área reflorestada em 2005, o
que equivale a 50 mil famílias. Em
2002 a participação dos pequenos
e médios agricultores ficava entre
7 e 10%.
O governo identifica três fatores principais
que influenciaram no aumento do índice
de reflorestamento do país. O primeiro
deles é a maior disponibilidade e facilidade
de acesso às linhas de financiamento
criadas para os pequenos e médios produtores
interessados em reflorestar suas áreas.
Em 2002 foram destinados R$ 10 milhões
para esse setor, sendo que R$ 2 milhões
foram direcionados especificamente para médios
e pequenos agricultores. Em 2005, o valor
total aumentou para R$ 140 milhões,
e a parcela de pequenos e médios agricultores
correspondeu a R$ 50,7 milhões.
Outro fator para o recorde de reflorestamento
foi a implantação do programa
de capacitação e assistência
técnica ao pequeno produtor, no início
de 2003, que já beneficiou 10 mil produtores
em 800 municípios. Esse programa se
deu por meio do lançamento de inúmeros
editais (ver site www.mma.gov.br) em parceria
com o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA)
e Ministério do DesenvolvimentoAgrário.
As empresas que atuavam no setor também
tiveram papel importantes no aumento do índice,
em função da distribuição
de mudas e da disponibilização
de assitência técnica.
A pesquisa que revelou a área reflorestada
entre janeiro e dezembro de 2005 foi feita
por técnicos do Programa Nacional de
Florestas (PNF), do Ministério do Meio
Ambiente. Eles se basearam em diferentes indicadores,
entre eles, o aumento da demanda por sementes
e por mudas adequadas para o reflorestamento.
Além dos principais viveiros nos estados,
que forneceram informações para
a pesquisa, o levantamento levou em conta
dados disponibilizados por instituições
estaduais de extensão e pesquisa, por
empresas florestais e por associações
de reposição florestal.