12/05/2006 - O presidente
da Superintendência de Desenvolvimento
de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
(Suderhsa), Darcy Deitos, participou nesta
semana de um curso de capacitação
para técnicos de 15 municípios
da região Oeste e Sudeste do Estado
que irão receber aterros sanitários
nos próximos dois meses.
De acordo com o presidente da Suderhsa, o
curso teve como objetivo qualificar os profissionais
para a correta operação dos
aterros. “Um aterro bem operado tem vida útil
de até 20 anos. Já um operado
irregularmente pode ser utilizado por no máximo
três anos”, explicou Deitos. Foram investidos
cerca de R$ 1,5 milhão na construção
destes 15 aterros.
Os municípios beneficiados são:
Medianeira, Engenheiro Beltrão, Iracema
do Oeste, Laranjal, Moreira Salles, Ouro Verde
do Oeste, Renascença, São Pedro
do Iguaçu, Saudade do Iguaçu,
Xambrê, Iguatu, Ramilândia, Serranópolis
do Iguaçu, Cornélio Procópio
e Nova Londrina.
Segundo Deitos, a Suderhsa é responsável
pela elaboração dos projetos
para construção dos aterros
e ainda por capacitar gestores municipais
para operação dos aterros implantados.
“Isso porque muitos municípios tiveram
seus aterros transformados em lixões
devido à falta de pessoas capacitadas
para trabalhar na sua operação”,
afirmou o presidente.
Os técnicos receberam orientações
sobre drenagem e tratamento de chorume, para
evitar a contaminação do lençol
freático, e sobre a implantação
de um programa de coleta seletiva pelos municípios.
“Os materiais recicláveis não
devem ser encaminhados aos aterros; devem
ser reaproveitados ou destinados às
cooperativas para que sejam comercializados”,
destacou Deitos.
“A coleta seletiva faz com que se leve ao
aterro apenas 15% do lixo gerado diariamente
pela população, triplicando
a vida útil de um aterro e sem a necessidade
de ampliações futuras”, completou.
Segundo o diretor de Saneamento Ambiental
da Suderhsa, Jorge Augusto Callado, um dos
maiores problemas com relação
à má operação
do aterro são seus custos para readequação.
“Em Pontal do Paraná, por exemplo,
onde não há a coleta seletiva
– que no momento está sendo feita pelo
IAP e Suderhsa - o governo está investindo
um alto valor para ampliar a área e
vida útil do aterro. Isso porque, durante
a temporada de verão, quando outros
municípios acabam depositando seus
resíduos no local e devido ao volume
de lixo triplicar o aterro acaba virando um
lixão novamente em pouco tempo”, exemplificou.
Os participantes também receberam um
manual de operação e procedimento,
elaborado pela Suderhsa, que irá auxilia-los
na gestão do aterro.
A ação faz parte do Programa
Desperdício Zero, que tem como meta
o fim dos lixões a céu aberto
existentes e reduzir em 30% o volume de lixo
produzido no Paraná, que é de
20 mil toneladas dia.