17/05/2006
- Foi encerrado, no final da manhã
de hoje (17), o workshop que definiu a próxima
agenda para o programa de cooperação
científica internacional Experimento
de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na
Amazônia (LBA 2). Na ocasião
foi montado um esboço das principais
ações que poderão ser
desenvolvidas na região. O foco do
desenvolvimento científico, os principais
cenários de atuação envolvendo
obras de infra-estrutura, área florestal,
bionergia, recursos hídricos, queimadas,
banco de dados e divulgação,
integração com outros países
amazônicos, entre outros, foram os temas
debatidos.
O documento com o resultado
da reunião deverá ficar pronto
dentro de alguns dias e será submetido
à reunião do Comitê de
Pesquisa Internacional, para definição
das pesquisas propostas.
A discussão, que
aconteceu ontem e hoje entre representantes
do Governo e a comunidade científica,
girou em torno da apresentação
de sugestões de pesquisas com resultados
práticos para o desenvolvimento sustentável
da região amazônica. E de como
utilizar a experiência obtida na primeira
fase do LBA - que trabalhou mais efetivamente
no desenvolvimento da pesquisa básica
- para implementar uma pesquisa aplicada que,
de forma multidiciplinar, transforme o LBA2
em ações concretas.
Os secretários do
Ministério da Ciência e Tecnologia,
Luiz Antônio Barreto de Castro (Políticas
de Pesquisa e Desenvolvimento), e Avílio
Franco (Subsecretaria de Coordenação
das Unidades de Pesquisa), ressaltaram a importância
da ação integrada e do aproveitamento
dos grupos de trabalho existentes na região,
como forma, inclusive, de otimizar os recursos
públicos, uma vez que a Amazônia
está entre as prioridades de atuação
do governo federal.
"Sem querer interferir
na decisão da comunidade científica
presente, gostaria que fosse levado em conta
todo o trabalho do MCT em relação
à Amazônia. O Ministério
tem um grupo de trabalho, formado por uma
demanda do próprio ministro Sergio
Rezende, para equacionar as ações
na região. Nossa expectativa é
de que o resultado dessa reunião possa
nos subsidiar no sentido de estabelecer ações
integradas para projetos de médio e
longo prazos. Projetos de perspectiva nacional
que fiquem imunes às alternâncias
do poder político", expressou
Barreto.