(25/05/2006) - A Embrapa
Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, em parceria
com o Centro Paula Souza, instituição
coordenadora das escolas técnicas do
Estado de São Paulo e com a Fundação
Mokiti Okada, instituição certificadora
de agricultura orgânica, promovem oficina
de planejamento de uso de hortas orgânicas
como instrumento pedagógico, no Centro
Paula Souza, em São Paulo, em 9 de
julho de 2006.
As escolas agrotécnicas
formam profissionais para o mercado que passa
a exigir também conhecimentos de agricultura
orgânica, tecnologia imbuída
de conceitos de agroecologia, que une na prática
a produção agrícola e
a conservação da natureza, explica
Valéria Hammes, pesquisadora da Embrapa
Meio Ambiente.
No entanto, esclarece, é
preciso adequar o conteúdo das aulas
para isso. Esse projeto propõe auxiliar
na capacitação de educadores
e na reflexão sobre a inserção
de novos conteúdos. As hortas orgânicas
serão utilizadas nas aulas práticas
para exercitar, observar e constatar o que
é ensinado na aula teórica,
como peças pedagógicas, diz.
O mercado de produtos orgânicos
cresce porque alguns segmentos consumidores
desejam produtos sem resíduo de agrotóxico,
tornando-se necessário definir uma
proposta de inserção de conteúdos
de agricultura orgânica na grade dos
cursos de agropecuária das escolas
agrotécnicas do Estado, respeitando
as competências das disciplinas existentes.
Para a pesquisadora, essa
inserção nas grades das escolas
irá beneficiar os alunos e a sociedade.
“A demanda de mercado gera a possibilidade
de emprego nesta área”, acredita Valéria.
O profissional técnico deve ser formado
para atender a essas oportunidades ou estará
excluído em parte do mercado, conclui.