3
de Julho de 2006 - Roberta Lopes - Brasília
- O ministro de Relações Exteriores,
Celso Amorim, se reuniu hoje (3) com a ministra
de Relações Exteriores do Reino
Unido, Margaret Becktt, para discutir temas
de interesse dos dois países como meio
ambiente, Organização das Nações
Unidas (ONU) e Organização Mundial
do Comércio.
Segundo o ministro Amorim,
a visita demonstra um grande nível
de interesse que se estabeleceu entre os dois
países. Esta é a primeira vez
que Becktt vem ao Brasil como ministra de
Relações Exteriores desde sua
posse, em maio de 2005.
Entre os temas tratados,
Amorim destacou as conversações
sobre meio ambiente. Segundo ele, há
um grande interesse na cooperação
na área do biodiesel e mudanças
climáticas. "Temos interesse na
área de meio ambiente, interesse de
cooperação na área do
biodiesel, na área de mudança
climática", afirmou.
Sobre a Rodada Doha, da
Organização Mundial do Comércio,
Amorim disse que a reunião não
trouxe resultados concretos, mas mostrou que
"há um certo nível de flexibilidade
por parte da União Européia".
"Acredito que estamos
próximos de um acordo. Claro que ainda
é necessário que hajam movimentos
importantes de todos os negociadores. Por
isso, acho que a intervenção
dos líderes, presidentes e primeiros-ministros
de cada país é fundamental",
afirmou.
Já Becktt acredita
que é possível chegar a um acordo,
até mesmo ousado, na Rodada Doha. "Um
acordo que não desaponte os países
que participam da negociação,
principalmente os países em desenvolvimento",
afirmou Becktt. Para ela, um acordo pode trazer
benefícios para todos os países.
A última reunião
ministerial da Organização Mundial
do Comércio aconteceu entre os dias
29 de junho e 3 de julho. O objetivo era fechar
os acordos modelo, chamados de "modalidades",
em agricultura e bens industriais relativos
a Rodada Doha.
Sobre a reforma do Conselho
de Segurança da Organização
das Nações Unidas, a ministra
reconheceu a necessidade de uma reformulação
do conselho e disse que ela deve representar
o cenário internacional que temos hoje.
"O Brasil e outros países merecem
um lugar no conselho. E o Brasil tem se apresentado
como um ator forte no cenário internacional.",
disse.
O Reino Unido é um
dos países que possui acento permanente
no Conselho de Segurança da ONU. Estados
Unidos, França, China e Rússia
são os outros países que também
tem acento permanente.