Brasília
(03/07/06) – Avaliação feita
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq),
referente ao período 2004-2005, coloca
o Ibama em 23º lugar no ranking de 175
instituições de pesquisa avaliadas
com relação ao cumprimento das
ações do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação Científica
(Pibic). A avaliação leva em
consideração a execução
das ações e atividades propostas
ao longo de um ano de pesquisa. Na avaliação,
divulgada no portal www.cnpq.br, o Ibama obteve
nota 4.75, de 5.0 (valor máximo).
Para o chefe da Divisão
de Desenvolvimento Institucional do Laboratório
de Produtos Florestais do Ibama (LPF), Fernando
Pelanda, esse resultado é muito importante
para o Ibama, pois significa a valorização
e o reconhecimento de todo o trabalho empreendido
pelos orientadores e bolsistas do programa,
num período de tempo curto - dois anos.
“Trazer o estudante para
dentro do Ibama, e fazê-lo trocar conhecimentos
com os profissionais do instituto, que são
seus orientadores, é fantástico,
pois aproxima a teoria da prática,
promove maior dinamismo. Isso renova a própria
instituição e mostra o resultado
do esforço do instituto para realizar
pesquisa de qualidade, abrindo mais esse campo
como referência, a exemplo das ações
de fiscalização”, destaca Pelanda.
Ao entrar no Pibic, em 2003,
o Ibama buscou identificar estudantes de graduação
que gostassem de pesquisa e da área
ambiental, tendo como contrapartida do Instituto
a participação ativa de profissionais
mestres e doutores já engajados em
pesquisas científicas e tecnológicas
nesta área. De junho de 2003 para cá,
já foram beneficiados 116 estudantes
bolsistas, sob orientação de
55 orientadores, entre profissionais do Ibama
com mestrado e doutorado.
A maior parte dos estudantes
é de universidades públicas
ou privadas, predominantemente das áreas
de engenharia ambiental, engenharia florestal,
biologia, química, agronomia e arquitetura.
Para trabalhar na pesquisa, como bolsista,
o estudante não pode ter vínculo
empregatício. Ele recebe uma bolsa,
que varia de R$ 260,00 a R$ 300,00, fornecida
pelo CNPq ou Ibama.
Ampliação
em 2006
No período de 2003
a 2005 a coordenação e a implementação
do Pibic estava restrita ao Laboratório
de Produtos Florestais (LPF), como parte de
uma estratégia para internalização
do programa no Ibama. Desde dezembro de 2005,
o programa passou a ser coordenado pela Divisão
de Capacitação (Dicap), vinculada
à Coordenação de Gestão
de Desempenho de Recursos Humanos, da Diretoria
de Administração e Finanças
(Diraf).
Com isso, ampliou-se para
nove o número de centros de pesquisa
contemplados no programa. Hoje, além
do LPF, integram o programa: o Centro de Pesquisa
e Gestão de Recursos Pesqueiros do
Litoral Nordeste (Cepene), o Centro Nacional
de Pesquisa para Conservação
das Aves Silvestres (Cemave), o Centro Nacional
de Orquídeas, Plantas Ornamentais,
Medicinais e Aromáticas (Copom), o
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos
Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul),
o Centro de Proteção de Primatas
Brasileiros (CPB), o Centro de Conservação
e Manejo de Répteis e Anfíbios
(RAN), o Centro de Pesquisa e Gestão
de Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos
(Ceperg) e o Centro de Mamíferos Aquáticos
(CMA). Com isso, aumenta o leque de pesquisas
tanto na área de fauna quanto de flora
(produtos florestais, plantas medicinais e
aromáticos) e recursos pesqueiros.
Editais de seleção:
primeiro passo
O Ibama, como instituição inscrita
no Pibic, abre edital a cada ano para seus
profissionais mestres e doutores apresentarem
projetos de pesquisa e um plano de trabalho
individual para cada bolsista.
Os orientadores são
selecionados a partir de sua titulação,
tempo de serviço no Ibama e produção
científica. Selecionado o projeto,
o pesquisador do Ibama tem o prazo de um ano
para desenvolver sua pesquisa, juntamente
com o bolsista. A cada semestre ele deve apresentar
relatório das atividades e um relatório
final.
A cada ano o Ibama realiza
um Seminário de Iniciação
Científica, no qual são apresentados
os resultados das pesquisas, disponibilizadas
também em CD. Os três melhores
trabalhos, selecionados pelo Comitê
externo do CNPq, recebem premiação.
O próximo seminário, previsto
para setembro, terá a sua 3ª edição.
Sandra Tavares