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de Julho de 2006 - Thais Brianezi - Manaus
- O coordenador de comunicação
do Grupo de Trabalho Amazônico (Rede
GTA), José Arnaldo de Oliveira, defendeu
que as prefeituras deixem claro como a sociedade
participará da execução
dos projetos aprovados pelo Fundo Nacional
do Meio Ambiente (FNMA) na região.
O fundo nacional firmou
16 projetos – todos com prefeituras – neste
semestre na Amazônia, com valor total
de R$ 6 milhões. Treze deles foram
assinados na última quarta-feira (28).
Somam pouco mais de R$ 5,5 milhões
e envolvem 30 municípios de Amazonas,
Tocantins, Roraima, Pará e Mato Grosso.
"Isso é algo
que certamente vamos cobrar no Encontro Regional
da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, que
acontecerá em Belém, na próxima
semana", disse o coordenador da rede,
que reúne cerca de 600 movimentos sociais,
sindicatos e organizações não-governamentais
(ONGs).
O diretor do FNMA, Elias
Araújo, argumentou que o fundo prioriza
as prefeituras neste semestre em virtude das
restrições impostas pelo calendário
eleitoral – a partir de 1º julho e até
o fim das eleições, fica proibida
a assinatura de novos convênios entre
os entes municipais, estaduais e federais.
"Com as ONGs [organizações
não-governamentais] nós continuaremos
a celebrar convênios em julho, agosto,
setembro", assegurou.
Um dos novos projetos firmados
tem como executor a prefeitura de Parintins,
no Amazonas. "Vamos receber R$ 300 mil
para montar um sistema municipal de planejamento
ambiental e territorial, com R$ 30 mil de
contrapartida nossa", contou o vice-prefeito
e secretário municipal de Meio Ambiente
e Turismo, Messias Cursino.
Entre as ações
previstas no projeto, ele citou: formação
de equipe técnica multidisciplinar;
levantamento de dados e georreferenciamento;
e realização de fóruns
de Agenda 21, de audiências públicas
para construção do zoneamento
ecológico-econômico e para discussão
do plano diretor.
A ilha é famosa pela
realização do Festival Folclórico
de Parintins, que terminou na última
segunda-feira (3). O evento, em que cerca
de 100 mil visitantes acompanharam a competição
entre os bumbás Garantido (o boi vermelho)
e Caprichoso (o boi azul) neste ano, deixou
na cidade uma grande quantidade de lixo. "Há
os impactos da população que
chega, mas também da população
local [109 mil habitantes]", admitiu
Cursino. "Faltam lixeiras, um aterro
sanitário com compostagem de resíduos
orgânicos e mais ações
de educação ambiental."