Brasília
(11/07/06) – Em coletiva realizada hoje, às
11 horas, com a imprensa, o Secretário
de Qualidade Ambiental do Ministério
do Meio Ambiente, Victor Zular Zveibil e o
Presidente do Ibama Marcus Barros foram unânimes
em destacar a economia da ordem de US$ 1,32
bilhões em gastos com saúde
pública e a redução expressiva
de 15 mil mortes provocadas por doenças
cardiovasculares e pulmonares fruto da poluição
veicular na Região Metropolitana da
Grande São Paulo.
“Esse é o fruto da
interação e esforço coletivo
da iniciativa pública com a privada,
que se reflete no que há de mais precioso,
que é a saúde, e conseqüentemente
a vida, do homem. Sabemos que a mortalidade
é multifatorial, mas eliminando uma
variável, que é a poluição
do ar provocada pelos veículos, já
verificamos que o resultado alcançado
pelo Proconve é muito expressivo. Isso
tudo apesar do crescimento da frota, apesar
de não termos em todos os Estados brasileiros
a implementação da Inspeção
e Manutenção Preventiva (I/M)”,
afirmou Barros.
Segundo Barros poucos programas
cresceram e alcançaram resultados tão
expressivos. “Mas, fazendo um paradoxo com
a Copa 2006, não sejamos pentacampeões
antes da hora. É preciso que permaneçamos
atentos a esse controle, pois a frota permanecerá
crescendo e se não cuidarmos para manter
os limites de emissão, e até
mesmo a qualidade do combustível, essa
curva tende a crescer. E crescendo, isso significará
mais mortalidade novamente”, alertou Barros.
Segundo Barros é
importante que as empresas do setor automotivo
busquem competitividade, investindo em tecnologia,
mas levando em consideração
a qualidade do ar respirado. “Este é
um programa de longa duração,
enquanto durar o desenvolvimento e, com ele,
a poluição ambiental. Mas o
mais importante é a participação
popular, pois se não houver a vontade
pessoal de cada cidadão, de fazer a
sua parte para a redução do
nível de emissões, todo esse
esforço se perde no caminho”, alertou
Barros.
Segundo o presidente, o
trabalho do Ibama começa já
desde o projeto do veículo em fábrica.
“Nosso trabalho de vigília para manter
a qualidade do ar começa na fabricação
do veículo, cujo projeto tem que passar
pela aprovação do Proconve.
Mas isso tem que ter continuidade depois,
no dia a dia da vida do veículo, que
saiu da fábrica em conformidade com
os padrões exigidos pelo Ibama. Este
é um programa que merece ser comemorado
no Brasil, como poucos programas. Mas cada
cidadão tem sua parcela de contribuição
para o Proconve, realizando a inspeção
e manutenção do seu veículo”,
destacou Barros.
Além da implementação
do I/M em todos os estados brasileiros, e
não penas no Estado do Rio de Janeiro,
o Congresso ainda tem que votar o Projeto
de Lei (PL) 5.979/2001, que fixará
normas para a implementação
do I/M em todo o País e as competências
que caberão à União e
aos Estados.
Sandra Tavares