18/07/2006
- No próximo mês de agosto a
Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema)
estará finalizando a Fase 1 das ações
que vêm sendo executadas para monitoramento
do mexilhão dourado no RS. Nos últimos
dois anos, a Sema, por meio do Departamento
de Recursos Hídricos (DRH) e das suas
vinculadas – Fepam e Fundação
Zoobotânica, tem feito o mapeamento
da ocorrência desta espécie exótica
nas águas do Estado.
Coletas são feitas
em portos, eclusas e marinas. Já existem
resultados do monitoramento realizado na Bacia
Hidrográfica do Guaíba e levantamentos
ainda estão sendo feitos na Bacia do
Uruguai. Em uma próxima etapa, os trabalhos
serão realizados na Bacia Litorânea.
Também passarão a ser coletadas
informações, a cada dois meses,
junto a 19 estações hidrológicas
na Região Hidrográfica do Guaíba,
onde a Fepam já mantém monitoramento
da qualidade da água.
Conforme o assessor técnico
da Sema, Túlio Amorim Carvalho, em
agosto será realizada, em Porto Alegre,
uma reunião do Fórum de Espécies
Exóticas para discutir exclusivamente
a questão do mexilhão dourado.
“Esse Fórum agrega técnicos
de várias instituições
de diversos Estados e estaremos debatendo
conhecimentos, potencializando informações
e discutindo medidas eficazes para o controle
deste molusco que tem causado danos ambientais
e econômicos”, afirma Carvalho. O encontro
também servirá para avaliar
o trabalho realizado até aqui pelo
Estado e planejar a Fase 2 da Campanha de
Combate à Dispersão do Mexilhão
Dourado.
“Este molusco se reproduz
de forma descontrolada. É muito difícil
controlar a espécie, considerando que
ela não tem um predador natural por
ser exótica, oriunda da Ásia,
e ter chegado aqui por meio da água
do lastro de navios”, alerta o secretário
estadual do Meio Ambiente, Claudio Dilda.
Ele acrescenta que informações
passadas por pescadores da Colônia Z-5,
na Ilha da Pintada, dão conta de que
a piava está se apresentando como um
predador do mexilhão dourado.
O secretário Dilda
adianta que uma das propostas para a Fase
2 é proporcionar treinamento para técnicos
de prefeituras, universidades, portos e várias
outras instituições para que
eles também possam realizar o monitoramento
do mexilhão dourado. “Ampliam-se as
responsabilidades e somam-se esforços
na busca de um controle mais eficiente do
molusco”, ressalta Dilda.