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IBAMA PACTUA COM PARCEIROS PLANO DE FISCALIZAÇÃO INTEGRADA DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

Brasília (16/08/06) – Após dois dias de trabalho, a Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), em conjunto com superintendentes, gerentes e chefes de fiscalização dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Distrito Federal e Goiás pactuaram com representantes dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs), Polícias Militares (PMs), Batalhão da Polícia Ambiental do Estados, Agência Nacional de Águas (ANA), Ministérios Públicos Estaduais (MPEs) e demais parceiros os próximos passos para a execução do Plano Nacional de Fiscalização Ambiental Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

A previsão é de, entre novembro e dezembro, começarem as operações integradas de fiscalização na Bacia. “Tão logo recebamos os Planos Operativos por regiões, com a definição dos recursos necessários, estaremos avaliando no Ministério do Meio Ambiente, junto com a Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) a liberação dos recursos”, afirmou o coordenador do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PR-SF), Maurício Laxe.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, esse seminário nacional pactuou, antes de tudo, a integração de parceiros com o Ibama, para que juntos possam trabalhar a gestão ambiental dos recursos da Bacia, que pertencem a toda a sociedade. “Essa construção é coletiva e se dá graças ao esforço de cada representante dos órgãos aqui presentes. Agora partiremos para ações sabendo com quem estamos dialogando, tendo a visão clara de quem é quem nesse processo”, afirmou Montiel.

Desde o seminário interno, realizado em janeiro em Fortaleza, os grupos, divididos em Alto, Médio/Sub-médio e Baixo São Francisco levantaram ações consideradas emergenciais e prioritárias. Dos problemas emergenciais, um foi escolhido durante o seminário nacional para ser atacado pelo Ibama e parceiros, de forma integrada nesse primeiro momento. Os grupos do Alto e médio/Sub-médio elegeram o desmatamento como principal problema a ser combatido ao longo da Bacia do Rio São Francisco. O grupo de Baixo SF definiu como emergencial a fiscalização dos defesos, evitando com isso a pesca predatória na calha do rio.

Grupos de Trabalho - Cada superintendência dos Estados que compõem a Bacia estará realizando, até dia 15 de setembro, uma reunião com os parceiros locais, para pactuar, em nível estadual, ações integradas de fiscalização da Bacia. Juntos eles irão compor seis Grupos de Trabalho (GTs), em âmbito estadual (DF e GO juntos), ligados aos Núcleos de Articulação do Programa de Revitalização do São Francisco (NAPs). A idéia é unir, localmente, Ibama, OEMAs, Órgãos de Fiscalização Ambiental Estaduais (OFAEs), PMs, Ministérios Públicos Estaduais (MPEs), Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREAs) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Planos Operativos - Assinados os protocolos em nível estadual, que pactuarão as ações integradas, serão realizadas, até dia 15 de outubro, quatro Oficinas de Trabalho para operacionalizar as atividades de fiscalização por região. Ao todo serão elaborados cinco Planos Operativos – um para o Alto São Francisco, elaborado pelo Ibama/MG com respectivos parceiros locais; um para o Sub-médio São Francisco, elaborado pelo Ibama/BA e Ibama/PE com os parceiros desses dois estados.

Dois outros planos operativos serão para o Médio São Francisco – um elaborado pelo Ibama/DF, Ibama/GO e Ibama/MG e outro pelo Ibama/BA e Ibama/MG, ambos com os parceiros locais. O quinto e último plano operativo, voltado para Baixo São Francisco, será elaborado pelo Ibama/AL e Ibama/SE. Com base na ação emergencial a ser atacada, cada Plano Operativo definirá o custo da operação, quando deverá ser feita, onde e por quem.

Câmara Técnica Temática - O seminário nacional oficializou, ainda, a criação de uma Câmara Técnica Temática (CTT), com representação da Dipro/Ibama, da ANA, das sete superintendências do Ibama nos Estados que compõem a Bacia do São Francisco, de uma Gerência Executiva, da Coordenadoria de Integração das Promotorias do São Francisco (CIP-SF); da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), do DNPM e do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea).

Rede de Fiscalização do SF – Para democratizar as informações que serão construídas ao longo da execução do Plano de Fiscalização será criada uma Rede de Fiscalização do São Francisco. A proposta é disponibilizar documentos, como os protocolos assinados nos Estados e os relatórios das operações realizadas, para livre acesso de todos.

Pescador poeta – O representante da Colônia de Pescadores de Alagoas, Antônio Gomes dos Santos, conhecido na região como Tonho, fechou o seminário recitando a poesia que fez para o rio intitulada “É só revitalizar”, cujos trechos falam que a morte do rio é a morte de uma nação. “Só temos uma saída, fazer a revitalização...aproveitando a cultura, para o povo se animar...reflorestar as margens nascentes, deve estar em primeiro lugar...E agora, mãos à obra,...é só o rio revitalizar ”, recitou.
Sandra Tavares

STF suspende sentença contra o Projeto de Integração das Bacias do São Francisco

Brasília (16/08/06) - O Ibama saiu vitorioso junto ao Superior Tribunal Federal pela suspensão do mandado de segurança (MS) impetrado pela Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) na Justiça Federal do DF contra o Projeto de Integração das Bacias do Rio São Francisco.

A AMDA queria anular o edital do Ibama que trata do Projeto de Integração das Bacias do São Francisco, alegando ser uma obra de grande impacto socioambiental e que o processo de licenciamento dificultou o direito do povo mineiro à informação. A ação sugeria, ainda, que fossem realizadas audiências públicas para que a sociedade pudesse discutir o tema amplamente.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Sepúlveda Pertence concedeu a liminar favorável ao instituto suspendendo a sentença, por entender que a causa envolve conflito federativo e que o assunto deve ser analisado pela instância superior de justiça.
Verbena Fé

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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