15/08/2006
- A partir da próxima segunda-feira,
o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) começa a coleta
de amostras de produtos de origem animal para
detectar os índices de resíduos
de cem novos compostos de drogas veterinárias
e contaminantes ambientais. A medida faz parte
da adequação do Plano Nacional
de Controle de Resíduos ao programa
de monitoramento de resíduos para terceiros
países da União Européia.
Com isso, o Brasil poderá manter as
exportações de commodities de
origem animal, como carne bovina, aves, eqüinos
e pescados e camarões, para aquele
bloco econômico.
Recentemente, a União
Européia aprovou o conjunto de ações
encaminhado pelo Mapa para adequação
do Plano Nacional de Controle de Resíduos.
Na ocasião, a UE recomendou ao Mapa
a adoção de ações
adicionais para atender os requisitos do programa
de monitoramento de resíduos do bloco
econômico. Segundo o coordenador de
Controle de Resíduos de Contaminantes
da Secretariaria de Defesa Animal (SDA), Leandro
Feijó, essas medidas serão implementadas
até setembro. Entre elas, está
a validação dos cem novos compostos
de drogas veterinárias e contaminantes
ambientais.
Ainda em setembro, uma
missão brasileira visitará a
representação da União
Européia, em Bruxelas (Bélgica),
para apresentar os resultados das ações
adicionais de monitoramento de resíduos.
Ela também detalhará as medidas
tomadas pelo setor do mel para se adequar
às exigências européias.
O Mapa pedirá ainda a manutenção
da habilitação para exportar
carne suína ao bloco econômico.
“A suinocultura já tem um programa
de monitoramento de resíduos em andamento”,
disse Feijó. O ministério, revelou,
pretende iniciar a negociação
com a UE para abertura das exportações
de produtos suínos processados.
O coordenador de Controle
de Resíduos de Contaminantes da SDA
também esclareceu que o leite, as carnes
de ovinos e caprinos e os ovos foram excluídos
da lista de produtos brasileiros habilitados
à exportação para o bloco
econômico a pedido do próprio
Mapa. Como o Brasil não exporta leite,
ovos e carnes de ovinos e caprinos para aquele
mercado, explicou Feijó, não
havia motivo para mantê-los na relação.
Assim que o monitoramento de resíduos
nessas commodities estiver implementado, o
Mapa pedirá a inclui-las na relação.