Porto
Alegre (21/08/06) - A década de 80
foi de fartura para a pesca na chamada Plataforma
Sul do Brasil - trecho entre Laguna, em Santa
Catarina, e Chuí, no Rio Grande do
Sul. Naquela época, somente no Porto
de Rio Grande foram desembarcados cerca de
sete mil toneladas de tubarões e raias
por ano.
Mas a ausência de
planejamento e de políticas específicas
para a conservação desses animais,
cobrou sua conta na década de 90. A
abundância destes peixes entrou em declínio.
“Hoje, as cinco espécies que constituíam
o grosso das capturas de tubarões e
raias, estão ameaçadas de extinção.
A fartura de peixes nas águas costeiras
acabou e isto inclui tubarões e raias
dessas águas”.
O texto acima é apenas
um trecho da apresentação do
livro “Ações para a conservação
de tubarões e raias no sul do Brasil”,
que tem como autores o oceanógrafo
Sandro Klippel, analista ambiental do Ibama/RS
e o professor Carolus Maria Vooren. Entre
2001 e 2005, Klippel integrou a equipe do
projeto “Salvar Seláquios do Sul do
Brasil”, da Fundação Universidade
Federal de Rio Grande (FURG).
Seláquios é
o nome da classe de peixes formada por tubarões
e raias, que têm em comum um esqueleto
cartilaginoso, e ao contrário dos peixes
ósseos como a sardinha, possuem estratégias
reprodutivas semelhantes aos mamíferos.
Dependendo da espécie de tubarão
ou raia, a gestação das fêmeas
pode durar de um a três anos. A pesquisa
foi conduzida por Klippel e pelo biólogo
Carolus Maria Vooren em cerca de 800 quilômetros
da costa entre o Cabo de Santa Marta (SC)
e o Chuí (RS).
Editado em 2005, o livro
é o resultado desta pesquisa e tem
262 páginas. E o melhor é que
ele pode ser lido, na íntegra, na página
do CEPERG (Centro de Pesquisa e Gestão
dos Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuários
de Rio Grande), por meio da página
www.ibama.gov.br/ceperg
Maria Helena Firmbach Annes
Ibama aproveita
feira para orientar e lançar livro
sobre Pesca Sustentável
Brasília (24/08/06)
- O Ibama participará, de 30 de agosto
a 3 de setembro, do Brazil Fishing Show 2006
- a maior feira de pesca esportiva do País,
que ocorrerá no pavilhão de
exposições Transamérica
Expo Center, em São Paulo (SP). O Ibama
levará gestores e técnicos da
Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros (Difap)
ao evento, que recebe em média 40 mil
visitantes, para falar aos pescadores sobre
a necessidade de obtenção, junto
ao Ibama, da licença de pesca amadora
e sobre as normas federal e estaduais para
o manejo sustentável de recursos pesqueiros.
“Com esse trabalho, procuramos estreitar o
relacionamento com esse segmento, uma vez
que muitos esportistas ainda não sabem
como soltar corretamente o peixe do anzol
e devolvê-lo à água”,
afirmou o diretor da Difap, Rômulo Mello.
Publicações
– Para orientar o pescador, o Ibama lançará
no evento o livro Pesque e Solte: informações
gerais e procedimentos práticos. A
obra será lançada em 31 de agosto,
às 19h30, no auditório central
da Expo Center. Produzido pelo Ibama, o livro
aborda boas práticas de pesca, associadas
à preservação do ambiente.
“Mostramos que é possível conjugar
interesses aparentemente dissonantes”, explica
Mello. Ele e o presidente do Ibama, Marcus
Barros, confirmaram presença no lançamento.
Outros dois guias
elaborados pelo Instituto serão oferecidos
aos visitantes, desde que pescadores licenciados.
São eles: o Guia de Pesca Amadora -
Peixes Marinhos e o Manual de Recordes (por
tamanho e espécie de peixe). A feira
terá mais de 700 expositores. Além
de lojistas, funcionários do ramo turístico,
jornalistas, representantes do poder público
e de organizações não-governamentais.
Mais informações podem ser obtidas
com Elizabete Pinheiro, na Assessoria de Eventos
e Divulgação (3316-1400) ou
pelo e-mail: elizabete.pinheiro@ibama.gov.br
Rubens Amador