Panorama
 
 
 

CAATINGA, BAMBU, COMUNIDADES TRADICIONAIS E
GERENCIAMENTO COSTEIRO SÃO TEMAS NO MMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

Seminário discute agrobiodiversidade e reforma agrária no Pontal

12/09/2006 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa nesta quarta-feira (13), em Mirante do Paranapanema, estado de São Paulo, da abertura do seminário sobre agrobiodiversidade e reforma agrária. Organizado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e organizações locais, discutirá caminhos e modelos para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável para o território do Pontal do Paranapanema.

Como parte da programação, que será realizada no assentamento Che Guevara, no bairro Noêmia, está prevista a inauguração do Banco de Sementes, organizado pelos Cimas (Centro Irradiador de Manejo da Agrobiodiversidade) do Pontal. A iniciativa tem por objetivo dar continuidade ao processo de consolidação dos Cimas, uma parceria do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade do MMA com o Incra. No encontro, também será feito um balanço e debatidas perspectivas para o desenvolvimento agrário e segurança alimentar da região.

Os Cimas têm como objetivo estimular famílias assentadas a praticar atividades agrícolas sustentáveis. Eles já estão implantados em mais de dez estados do País e nasceram com o objetivo de preservar as variedades de sementes crioulas, espécies tradicionais de milho, feijão e mandioca, cultivadas por agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas.

De acordo com o diretor do Programa Nacional da Conservação da Biodiversidade, Paulo Kageyama, o resgate do valor nutricional dos produtos, aliado à agricultura familiar e à proteção da biodiversidade, é considerado fundamental nas políticas integradas que os países podem adotar no combate à fome. "O governo adota ações para inclusão social, o que coloca o País numa posição de destaque no debate do tema", destaca o diretor.

As espécies crioulas têm grande variabilidade genética e são melhoradas pelas comunidades e adaptadas às suas condições socioculturais e ambientais. A adaptação das sementes ao clima local garante maior produtividade. Os centros também incentivam a produção de plantas para uso medicinal, a criação de animais domésticos e práticas de agroextrativismo.
Gerusa Barbosa

Maceió sedia workshop sobre gerenciamento costeiro

12/09/2006 - Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, teve início na noite de segunda-feira (11) , em Maceió (AL), o workshop Diretrizes Técnicas, Políticas e Institucionais para o Gerenciamento Costeiro. O encontro reúne representantes das equipes de gerenciamento da costa dos 17 estados litorâneos do país. O objetivo é avaliar os programas desenvolvidos e propor estratégias e ações para o fortalecimento da gestão costeira e marinha.

"É um momento essencial de reflexão sobre a influência da transversalidade, o trabalho desenvolvido dentro da estrutura tripartite, com destaque para o papel dos estados. Essa característica marcou a política do setor nos últimos anos", explica Rudolf de Noronha, diretor do Programa de Gerenciamento Ambiental Territorial da Secretaria de Qualidade Ambiental do ministério. O workshop permitirá, segundo ele, uma análise sobre a forma como evoluíram as ações estaduais e qual a relação delas com os municípios litorâneos.

O evento, que termina na sexta-feira (15), discute, por exemplo, o Projeto Orla, que cada estado está implantando de acordo com a sua capacidade. A iniciativa corresponde a uma ação conjunta dos ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento para promover o ordenamento do uso e ocupação dos espaços litorâneos sob domínio da União, aproximando políticas ambientais e patrimoniais e articulando as três esferas de governo e a sociedade. O projeto também prevê a criação de mecanismos de controle social para garantir a gestão integrada e a valorização de idéias inovadoras voltadas para o uso sustentável dos recursos naturais.

Outro tema que faz parte da pauta de discussões do workshop é o Monitoramento da Qualidade da Zona Costeira. A expectativa é de que, até o encerramento do evento, seja possível definir subsídios para a construção de um programa nacional nessa área e uma proposta de projeto piloto para o desenvolvimento de indicadores sobre a região costeira.

A Secretaria de Qualidade Ambiental e o Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMAII) atuam juntos na área de Gerenciamento Costeiro e Marinho. O evento conta ainda com a participação de representantes do Ibama e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm).
Marluza Mattos

Comunidades tradicionais se reúnem para discutir proposta de política nacional

14/09/2006 - Representantes das comunidades tradicionais e do governo federal iniciaram, nesta quinta-feira (14), as discussões para a elaboração de uma proposta de Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável para esses povos. Os dois primeiros encontros, que vão até o dia 16, estão sendo realizados em Belém, no Pará, e em Rio Branco, no Acre, representando as regiões norte e nordeste.

As comunidades estão analisando o texto-base da proposta elaborado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instalada no último dia 2 de agosto, com a missão de coordenar a elaboração e acompanhar a implementação da política. A comissão é presidida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e tem o Ministério do Meio Ambiente como secretaria-executiva, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS).

Essa proposta ainda será submetida aos representantes dos povos e comunidades tradicionais de Curitiba (PR), entre 18 a 20 de setembro, e Paulo Afonso (BA) e Cuiabá (MT), entre 21 e 23 de setembro.

Representam as comunidades tradicionais: açorianos, babaçueiros, caboclos, caiçairas, caipiras, campeiros, jangadeiros, pantaneiros, pescadores artesanais, praierios, sertanejos e varjeiros, extrativistas, ribeirinhos, marisqueiros, povos indígenas e quilombolas.
Daniela Mendes

Pesquisadores do bambu se reúnem em Brasília

13/09/2006 - O Programa Nacional de Florestas promove a partir desta quarta-feira (13), em Brasília, o Seminário Nacional para a Estruturação da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Bambu. O evento segue até sexta-feira (15), no Hotel San Marco, com objetivo de discutir as bases para a proposta da Rede a partir de das experiências desenvolvidas com bambu no Brasil.

Segundo o diretor do Programa Nacional de Florestas, Joberto Freitas, não há políticas públicas para o bambu no Brasil. "O seminário vem suprir essa lacuna na medida que serão disponibilizadas informações para a estruturação das pesquisas e o desenvolvimento sustentável da planta", disse.

Durante o encontro, será anunciada a criação do Centro de Pesquisa e Aplicação de Bambu e Fibras Naturais da UnB, que estudará formas alternativas de geração de renda para populações de baixa renda. Também será lançado o VIII Congresso Mundial de Bambu, que acontecerá em maio de 2007, no Rio de Janeiro.

O bambu, além de alimento, é utilizado como agroenergético, na contenção do solo, fixação de CO2, tratamento sanitário e como matéria-prima para atividades industriais (celulose, papel, substitutivos para madeira, movelaria, construção civil, artesanato).
Aida Feitosa

Consulta pública sobre manejo florestal na Caatinga

15/09/2006 - A consulta pública sobre a revisão da Instrução Normativa de Manejo Florestal para a Caatinga termina nesta segunda-feira (18). As contribuições devem ser encaminhadas ao e-mail pnf@mma.gov.br. Nelas deve constar nome, profissão, a organização em que atua, endereço eletrônico, cidade e estado. Os comentários gerais deverão ser encaminhados no corpo da mensagem. Os comentários pontuais, referentes aos artigos, deverão ser feitos em tabelas. Qualquer pessoa pode contribuir com sugestões, análises e críticas. As sugestões apresentadas serão consideradas pelo Programa Nacional de Florestas (PNF) e pela Diretoria de Florestas (Diref), da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, e a minuta final submetida à ministra Marina Silva.

O processo de revisão da regulamentação do manejo florestal na Caatinga foi iniciado em março de 2005 pela Diflor, do PNF, Diref e o pelo Ibama. Para definir as necessidades e as diretrizes da nova regulamentação, foram realizadas oficinas de trabalho em Fortaleza, Natal, Recife e João Pessoa. Elas contaram com a participação de técnicos, empresários do setor, representantes de instituições governamentais, não-governamentais e interessados no tema.

Os objetivos da revisão da norma de manejo florestal são: tornar mais claras e simples as regras para a execução do manejo florestal na Caatinga; atualizar as regras de acordo com a realidade do bioma; adaptar os critérios de manejo às lições apreendidas e avanços técnicos dos últimos anos; possibilitar maior clareza na interpretação das regras.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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